César quer PS em defesa do "serviço público" na reestruturação de balcões

O líder parlamentar do PS pediu hoje aos deputados socialistas que defendam o "serviço público" no processo de reestruturação da rede de agências da CGD, alegando que não se pode "assobiar para o ar" nesta matéria.

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Lusa
20/03/2017 13:42 ‧ 20/03/2017 por Lusa

Política

CGD

Esta posição de Carlos César, também presidente do PS, consta de uma nota esta manhã enviada aos membros da direção da bancada socialistas, à qual a agência Lusa teve acesso, na qual também se salienta que essa linha ativa de atuação deve ser seguida mesmo que o Governo não dê qualquer orientação.

No âmbito do processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a administração do banco público deverá encerrar cerca de 70 balcões até ao final do ano, estimando-se que a redução de agências atinja as 180 no final de 2020 - uma reestruturação que tem levantado dúvidas ao PCP, Bloco de Esquerda e "Os Verdes" e que conta já com a oposição do PSD.

Na nota enviada aos membros da direção da bancada do PS, Carlos César refere que, numa próxima audição parlamentar sobre este assunto, o Grupo Parlamentar "deve defender que não é num caso de milhares de milhões de euros que se admite o fecho de um único balcão por concelho, onde podem estar dois funcionários e com limitação de prestação de serviços".

"Não se trata de intromissão em matéria de gestão, mas sim de intervenção em matéria de serviço público", sustenta o presidente do PS.

Neste ponto, Carlos César admite mesmo uma diferenciação face o executivo em matéria de intervenção política.

"Se pode ser admissível que o Governo, apesar de acionista único, não queira dar orientação, têm razão os que acham que o parlamento não deve assobiar para o ar. Assim, salvo decisão, na primeira oportunidade, em contrário, da direção ou do grupo, é esta a orientação que vai vigorando", salienta o presidente da bancada socialista na sua missiva.

O encerramento de balcões da CGD, bem como a redução do número de trabalhadores, levou o Bloco de Esquerda a pedir uma audição urgente do ministro das Finanças, Mário Centeno, no parlamento.

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