Não haverá greve geral. Em Dia do Trabalhador, sindicatos prometeram apenas duas manifestações – o Governo “pode dormir perfeitamente descansado”, considera Santana Lopes.
Analisando os discursos da CGTP e UGT no 1º. De Maio na ‘Edição da Noite’ na SIC Notícias, o social-democrata diz que “as centrais sindicais foram cumprir calendário”.
Os “discursos foram uma oitava a baixo do que nos anos passados, mas vamos entrar num período que não é totalmente calmo”, considera António Vitorino.
Isto porque os sindicatos disseram que iam “esperar resultados da negociações” e a negociação das alterações à lei laboral, em especial no que diz respeito à contratação coletiva promete levantar problemas ao bom funcionamento da Geringonça.
“O sindicatos já perceberam que não há uma posição totalmente aberta da parte dos Governos face às alterações que eles pretendem”, considera o socialista.
Santana Lopes concorda. “Disse que o Governo podia dormir descansado, esta é a questão que o pode levar a acordar a meio da noite. É a questão que pode levar a uma viragem política em Portugal”, porque é um ponto de que os partidos à Esquerda do PS “não vão prescindir”.
O social-democrata reconhece ao Bloco de Esquerda e PCP “uma capacidade de moderação muito maior do que julgava”, mas considera que a lei laboral é uma matéria em que o Governo não pode ceder.
Pode levar a uma “rutura”, aponta. “Pela primeira vez há um dilema à séria e António Costa terá de optar – é impossível agradar a gregos e a troianos”.