O primeiro-ministro António Costa esteve, esta tarde, reunido com os autarca de Lousã, em Oliveira de Hospital. Confrontado sob a forma como encara a moção de censura apresentada, esta terça-feira pelo CDS, disse apenas que encara a mesma com "respeito".
“É um direito constitucional. A legitimidade do Governo depende da Assembleia da República, portanto [a moção] faz parte da normalidade do funcionamento das nossas funções”, disse.
Já no rescaldo dos incêndios que deflagraram nos últimos dias, António Costa reiterou que esta é a hora de "arregaçar as mangas e tratar de nos reerguermos".
Para o líder socialista está na hora de “passar à ação”, algo que depende de um “esforço coletivo que todos temos de fazer”.
António Costa explicou ainda que os recursos disponíveis para Pedrógão Grande são distintos daqueles que serão agora entregues e que o que “estamos a fazer, e com os vários membros do Governo, é um levantamento tão rigoroso quanto possível do conjunto de concelhos [afetados]”.
“Só tendo noção desse conjunto podemos saber o que temos pela frente”, considerou, referindo é preciso agora juntar "os recursos das autarquias, do Estado e das seguradoras".
O primeiro-ministro avançou também que nas "próximas duas semanas" será feito o "levantamento integral dos danos" dos incêndios deste fim de semana para que depois se possa começar a reconstruir os territórios.
O chefe do Executivo dedicou o dia de hoje a visitar a Unidade de Queimados de Celas dos Hospitais Universitários de Coimbra, onde se encontram alguns dos feridos dos incêndios do fim de semana e a reuniões com os autarcas dos distritos de Coimbra e Viseu.
"Ficou definido um plano de trabalho para, nas próximas duas semanas, fazermos o levantamento integral dos danos que existem de forma a podermos começar a responder a reconstruir os territórios", disse aos jornalistas, no final das reuniões da tarde, em Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra.