Moção de censura? "Faz parte da normalidade das nossas funções"

A líder do CDS Assunção Cristas anunciou esta terça-feira que vai apresentar um moção de censura ao Governo. O primeiro-ministro já reagiu.

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Andrea Pinto com Lusa
17/10/2017 17:50 ‧ 17/10/2017 por Andrea Pinto com Lusa

Política

António Costa

O primeiro-ministro António Costa esteve, esta tarde, reunido com os autarca de Lousã, em Oliveira de Hospital. Confrontado sob a forma como encara a moção de censura apresentada, esta terça-feira pelo CDS, disse apenas que encara a mesma com "respeito".

É um direito constitucional. A legitimidade do Governo depende da Assembleia da República, portanto [a moção] faz parte da normalidade do funcionamento das nossas funções”, disse.

Já no rescaldo dos incêndios que deflagraram nos últimos dias, António Costa reiterou que esta é a hora de "arregaçar as mangas e tratar de nos reerguermos".

Para o líder socialista está na hora de “passar à ação”, algo que depende de um “esforço coletivo que todos temos de fazer”.

António Costa explicou ainda que os recursos disponíveis para Pedrógão Grande são distintos daqueles que serão agora entregues e que o que “estamos a fazer, e com os vários membros do Governo, é um levantamento tão rigoroso quanto possível do conjunto de concelhos [afetados]”.

“Só tendo noção desse conjunto podemos saber o que temos pela frente”, considerou, referindo é preciso agora juntar "os recursos das autarquias, do Estado e das seguradoras". 

O primeiro-ministro avançou também que nas "próximas duas semanas" será feito o "levantamento integral dos danos" dos incêndios deste fim de semana para que depois se possa começar a reconstruir os territórios.

O chefe do Executivo dedicou o dia de hoje a visitar a Unidade de Queimados de Celas dos Hospitais Universitários de Coimbra, onde se encontram alguns dos feridos dos incêndios do fim de semana e a reuniões com os autarcas dos distritos de Coimbra e Viseu.

"Ficou definido um plano de trabalho para, nas próximas duas semanas, fazermos o levantamento integral dos danos que existem de forma a podermos começar a responder a reconstruir os territórios", disse aos jornalistas, no final das reuniões da tarde, em Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra.

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