"Ainda bem" que Marcelo falou ao coração dos portugueses
O deputado socialista Ascenso Simões saiu hoje em defesa da comunicação ao país feita pelo Presidente da República na sequência dos incêndios da semana passada, considerando que "ainda bem" que falou ao "coração" dos portugueses.
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Política Ascenso Simões
O texto de Ascenso Simões surge também depois de o jornal Público" ter noticiado que o Governo estava "chocado" com o teor da comunicação ao país de Marcelo Rebelo de Sousa na semana passada, e de hoje Porfírio Silva, membro do Secretariado Nacional do PS, ter acusado o chefe de Estado de ter feito "um aproveitamento politiqueiro" da tragédia.Esta posição do deputado do PS eleito pelo círculo de Vila Real e antigo secretário de Estado consta de um artigo que esta tarde será publicado no jornal "Ação Socialista", ao qual a agência Lusa teve acesso.
Pelo contrário, para Ascenso Simões, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência dos incêndios da semana passada, "ficou colocado na situação de ter que falar ao coração dos portugueses - e fê-lo".
"Ainda bem que o fez, porque a sua intervenção serviu para acomodar sentimentos, para parar a revolta e a sensação larvar de desproteção. Talvez por isso, não seja interessante conhecer mais sobre os últimos dias, talvez seja relevante ponderar e acalmar, resolver e seguir em frente, conceder carinho e atenção. Tudo o resto é nefasto", adverte o deputado socialista.
No seu artigo, Ascenso Simões destaca ainda a forma "atenciosa e carinhosa" que o Presidente da República, durante a posse dos novos membros do Governo, no sábado, dedicou à ex-ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa e ao ex-secretário de Estado Jorge Gomes "no dia em que cederam os lugares" aos novos membros do executivo.
"O Presidente da República sabe que todos os sinais são relevantes, que o que diz determina o caminho. Quando nos faz seguir para um novo tempo de governação depois da linha de política apresentada e da moção de censura chumbada, Marcelo [Rebelo de Sousa] quer que se avance e não contesta a sua atenção institucional, a sua compreensão pessoal perante a realidade", acrescenta.
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