Santana Lopes vs Rui Rio: Como se alinham as tropas no duelo 'laranja'?

Em stand by, PSD prepara-se para eleger o próximo líder do partido. Quem está com quem nesta disputa interna? Militância laranja parece dividida.

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Melissa Lopes
16/12/2017 08:33 ‧ 16/12/2017 por Melissa Lopes

Política

Eleições

Realizam-se no próximo dia 13 de janeiro as eleições Diretas no Partido Social Democrata (PSD) para eleger o sucessor de Pedro Passos Coelho e, consequentemente, candidato a primeiro-ministro em 2019. 

Aos olhos de quem está de fora, foi na noite eleitoral de 1 outubro que as águas do PSD se agitaram. O discurso de Passos Coelho, após os maus resultados autárquicos, anunciava aquilo que viria a ser confirmado dois dias depois: Passos não iria recandidatar-se à liderança do partido.

Desde a primeira hora, o partido e, ao seu jeito, também a  comunicação social iniciaram uma corrida aos candidatos para disputar a liderança. Depois de hipotéticos candidatos (como Carlos Abreu Amorim, Nuno Morais Sarmento, Paulo Rangel e até Marques Mendes) se terem afastado do campo de batalha, restaram dois: Santana e Rio. Decididos os candidatos, a campanha tem assentado também naquilo que aqui chamamos alinhamento de tropas.

Quem está com quem neste duelo?

Se do lado de Santana Lopes estão militantes como Carlos Abreu Amorim, Miguel Relvas, António Pinto Leite, André Ventura ou o ex-ministro Rui Machete,  o ex-autarca do Porto conta com o apoio de 'pesos pesados' como Pinto Balsemão, Nuno Morais Sarmento, Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, Silva Peneda, Miguel Cadilhe e Alberto João Jardim, por exemplo. 

No que toca às distritais, o anterior provedor da Santa Casa da Misericórdia reúne forte apoio, mas o duelo perfila-se disputado taco a taco. 

Do seu lado estão declaradamente o líder do PSD Lisboa (a nível interno da estrutura poderá não ser tanto assim), o líder da distrital do Porto, assim como o presidente do PSD Coimbra. Os líderes das distritais de Faro, Évora, Beja, Santarém, Castelo Branco e Lisboa Área Oeste estão igualmente ao lado de Santana Lopes. Os ‘jotas’ de Lisboa estão de forma "unânime" com Santana. Simão Ribeiro, líder da JSD, também se colocou ao lado do candidato alfacinha. 

Por seu lado, Rui Rio conta com as distritais da Guarda, Bragança, Aveiro, Leiria, Portalegre, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu. Alguns 'jotas' também apoiam Rio, nomeadamente a líder das Mulheres Social-Democratas. 

Feitas as contas, resta apenas saber de que forma se posicionam a distrital dos Açores (que entendeu não mostrar “preferências”) e a distrital da Madeira, que optou, conforme disse ao Notícias ao Minuto, por não se posicionar numa eleição que é "individual". Descontando essas duas distritais, Santana reúne apoio de nove, e Rui Rio de oito.

Já o líder da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares, disse que tomaria uma decisão até ao Natal. Portanto, estará por dias o anúncio de qual dos candidatos pode contar com o seu apoio.

Entretanto, a menos de um mês das diretas, assiste-se à  "saga dos debates [entre Rio e Santana] que não se realizam". Foi assim que a candidatura de Santana Lopes apelidou a situação em que os dois candidatos estão 'mergulhados', um acentuado desacordo sobre quantos debates vão protagonizar.

Dos 22 frente a frente propostos inicialmente por Santana, passou-se para dois ou três, com transmissão televisiva. Santana debate-se agora por três, nos três canais generalistas. Rio quer apenas dois. O da TVI24, que aconteceria no programa Poder Laranja, de Constança Cunha e Sá, e que seria já este sábado, acabou por ser cancelado. 

Ao Notícias ao Minuto, a candidatura de Santana Lopes reiterou que a disponibilidade "é para fazer três debates nos três canais de televisão generalistas". "Não excluímos nenhuma televisão, nem temos nenhuma televisão amiga. É uma questão de respeito pela comunicação social", vincou. Para já, certo está o debate da RTP, que acontece a 4 de janeiro. Nem sobre os debates, há certezas. 

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