Santana debate-se por três, Rio só quer dois. Afinal, quem 'vence'?

A 'saga' dos debates entre os dois candidatos parece não ter fim à vista. Santana recusa excluir qualquer uma das três televisões generalistas dos debates, Rio disponibiliza-se para dois debates considerando "o caso encerrado". Será?

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Sara Gouveia com Lusa
14/12/2017 07:57 ‧ 14/12/2017 por Sara Gouveia com Lusa

Política

Diretas PSD

O candidato à liderança do PSD, Pedro Santana Lopes, voltou a insistir esta quarta-feira na "saga dos debates que não se realizam", como é apelidada a questão pela sua candidatura, num comunicado enviado às redações e reforçada pelo próprio durante um jantar de Natal, ontem com militantes no núcleo oriental da distrital de Lisboa.

"Eu não sei escolher entre televisões, não tenho nenhuma razão para, com falta de educação ou de respeito, dizer que excluo uma das televisões. Porquê? Porque fica mais longe, porque tem mais audiências?", questionou Santana.

Acontece que antes destas declarações, a candidatura do adversário Rui Rio informou estar disponível para fazer "os dois debates acordados" com Santana - um na RTP e outro na TVI - considerando assim "o caso encerrado". Mas tal parece não ser bem assim.

A candidatura de Santana Lopes, no comunicado emitido depois das declarações de Rio, refere novamente que o candidato aceitou os "três convites recebidos, sem discriminação de qualquer estação televisiva" e passa a 'batata quente' novamente a Rio, afirmando que "mais uma vez, aguarda pacientemente" que o candidato [Rui Rio] "se disponha e se pronuncie".

"Desde o início desta campanha para a presidência do PPD/PSD que Pedro Santana Lopes afirmou a sua disponibilidade para a realização de debates entre os dois candidatos", acrescentando que essa posição "foi sendo contrariada pelo candidato Rui Rio de formas diversas derrogando no tempo qualquer decisão que concretizasse efetivamente a realização de debates",  pode ler-se ainda.

A polémica sobre a realização de debates entre os candidatos começou quando Santana Lopes, na apresentação da sua candidatura, a 22 de outubro, sugeriu que as várias distritais do PSD pudessem organizar frente a frentes entre os candidatos, o que, no limite, daria 21 debates, sugestão que foi recusada por Rui Rio. 

Mas depois de Santana ter enviado uma carta a Rio a propor apenas dois debates, a situação começou a ser discutida entre as duas candidaturas com vista a "uma solução consensual". No entanto, consenso total é o que ainda não existe. 

Rio aceitou dois debates, Santana concordou, mas depois voltou aos três

O frente-a-frente na RTP foi o único a merecer acordo das duas candidaturas 'laranjas', mas para o segundo 'confronto', Santana queria que debatessem na SIC, Rio preferia a TVI.

Num volte face, Santana acede a participar no programa de debate da TVI 'Poder Laranja', para onde Rio é também convidado e o segundo debate fica agendado.

A candidatura de Rio diz ter sido novamente surpreendida quando, na terça-feira (dia 12), o antigo primeiro-ministro envia "unilateralmente um comunicado para a comunicação social, dizendo que, agora, passou a defender três debates", decisão que voltou a reforçar ontem com o novo comunicado.

Além disso, no Jantar de Natal, perante os militantes do PSD, Santana afirmou: "Não são admissíveis birras" e assegurou ter convites das três televisões generalistas, admitindo que só se estes órgãos de comunicação social se entenderem entre eles é que admite aceitar fazer apenas um ou dois debates.

"Se cada uma das televisões gostava de fazer um debate eu só tenho de dizer que estou disponível", afirmou, deixando uma 'farpa' ao adversário: "é profundamente ridículo e caricato que se perca tempo com assuntos como este".

A confusão está lançada. Para já estão fechados dois debates, um na RTP, a 4 de janeiro, e outro na TVI e as eleições diretas para escolha do próximo líder do PSD estão marcadas para 13 de janeiro. 

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