Em comunicado citado pela agência AP, Tom Burt, vice-presidente da Microsoft, referiu que atores mal-intencionados, ligados a Estados ou não, "podem ter recorrido a programas informáticos concebidos para obter resgates para infetar um sistema informático utilizado para armazenar registos de eleitores ou determinar os resultados".
Estes atores poderiam assim "apoderar-se destes sistemas durante a noite depois do voto, para semear o caos e minar a confiança".
Numerosos peritos independentes e do governo já avisaram para o perigo que este tipo de infeções invisíveis representam para as eleições presidenciais norte-americanas de 03 de novembro, incluindo, no pior cenário, a assunção do controlo pelos piratas informáticos.
Em causa está o sistema de robots informáticos TrickBot, que permite criar ou albergar programas informáticos maliciosos, é uma rede particularmente secreta que só oferece os seus serviços a piratas informáticos com reputação mo mercado negro da internet.
"Cortámos o acesso a infraestruturas críticas para que os operadores da Trickbot não possam fazer mais infeções ou ativar programas informáticos de resgates já colocados nos computadores", garantiu Burt.
A Microsoft indicou ter solicitado e obtido uma autorização da justiça para interromper as operações desta importante rede, que já "infetou mais um milhão de computadores no mundo desde 2016".
Segundo peritos do setor, a Trickbot é dirigida por criminosos cibernéticos e falam russo.
A comunicação social dos EUA avançou recentemente que um ramo militar dos EUA, especializado na segurança informática, o US Cyber Command, também estava a visar o Trickbot.
A rede Trickbot é capaz de fornecer, a quem pagar mais, o acesso a máquinas, coo computadores ou 'routers', que já infetou.
A Trickbot tem utilizado temas em destaque na vida social, como o movimento Black Lives Matter (As Vidas Negras Contam") e a pandemia do novo coronavirus, para enviar mensagens e correio não solicitado a incitar os internautas a clicarem nas ligações armadilhadas.