O trabalho, descrito em três artigos publicados na revista da especialidade Physical Review D., envolveu mais de 150 investigadores.
O estudo baseia-se em dados recolhidos pelo projeto de astronomia Dark Energy Survey - que se debruça sobre a dinâmica da expansão do Universo - e pelo Telescópio do Polo Sul, na Antártida - que visa medir a emissão difusa da radiação cósmica de fundo (radiação dos primórdios do Universo).
Segundo um comunicado da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, que participou no estudo, a análise dos dados indica que a matéria não é tão aglomerada quanto o atual modelo do Universo prevê, indiciando com mais vigor que "pode haver algo que falta" no modelo cosmológico padrão.
Os cientistas admitem que mais estudos serão necessários para consolidar os dados.
Quando o Universo nasceu, estima-se que há 13,8 mil milhões de anos, a matéria foi ejetada e gradualmente formou planetas, estrelas e galáxias (a chamada matéria visível).
Ao "montarem" um mapa de toda a matéria, os investigadores "podem tentar compreender as forças que moldaram a evolução do Universo", composto em 5% por matéria visível e em 85% por matéria escura, que não é diretamente observável mas inferida pelo efeito gravitacional exercido sobre a matéria visível.
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