O movimento Letzte Generation (Última Geração) publicou esta semana no Google Maps fotos reais de rios, lagos, montanhas ou glaciares, mas editadas com técnicas de IA como se tivessem sido tiradas em maio de 2070.
"Eliminámos as fotos porque não respeitam a nossa política", disse um porta-voz da Google à Agence France-Press (AFP), recordando "a proibição de conteúdos que não sejam baseados numa experiência real ou que não representem fielmente um lugar".
A ativista Marina Hagen-Canaval afirmou não estar surpreendida com a reação da gigante tecnológica, argumentando que a empresa "ignora a catástrofe climática, tal como as autoridades e as grandes empresas em geral".
O objetivo desta iniciativa era sensibilizar os turistas que recorrem à Google Maps para preparar as suas férias sobre os riscos das alterações climáticas, explicou.
"2070 não é um prazo assim tão distante para quem, como nós, tem entre 30 e 40 anos e tem boas hipóteses de ver com os próprios olhos", referiu.
Devido às emissões de gases com efeito de estufa geradas pelas atividades humanas, a temperatura média global na última década aumentou quase 1,2 graus celsius desde a era pré-industrial, num contexto de multiplicação e intensificação de ondas de calor mortais, secas e inundações devastadoras em todo o mundo.
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