A Google alertou, esta quarta-feira, que a Rússia está a atacar contas de soldados ucranianos na Signal, uma aplicação de troca de mensagens de texto, chamadas de voz e vídeo, semelhante ao WhatsApp.
"O Google Threat Intelligence Group (GTIG) tem observado esforços crescentes de vários agentes de ameaças alinhados com o Estado russo para comprometer as contas da Signal utilizadas por indivíduos de interesse para os serviços de inteligência russos", começou por alertar a Google, num comunicado divulgado no site oficial da empresa.
A tecnológica admite que este "interesse operacional" foi desencadeado por "exigências de guerra", para obterem acesso a "comunicações governamentais e militares sensíveis no contexto da invasão russa", e prevê que as "táticas e métodos" para atacar as contas na aplicação venham a aumentar a "curto prazo" e estender-se a "regiões fora do teatro de guerra ucraniano".
"A popularidade da Signal entre alvos comuns de atividades de vigilância e espionagem – como militares, políticos, jornalistas, ativistas e outras comunidades de risco – posicionou a aplicação de mensagens como um alvo de elevado valor para os adversários que procuram intercetar informação sensível", lê-se ainda na mesma nota da empresa.
A Google agradece ainda à equipa da Signal pela "estreita parceria" na investigação destes ataques e aconselha os utilizadores da app a atualizá-la para reforçar a segurança.
"As versões mais recentes da Signal para Android e iOS contêm funcionalidades reforçadas concebidas para ajudar a proteger contra campanhas de phishing semelhantes no futuro. Atualize para a versão mais recente para ativar estas funcionalidades", acrescenta o comunicado.
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