"É essencial que a Declaração de Paris sobre a IA não permaneça como uma simples petição de princípios. O texto final tem o mérito de expor a disposição dos Estados signatários de enfrentar os riscos que a IA pode representar para a integridade da informação", disse o diretor-geral dos RSF, Thibaut Bruttin.
Para a organização não governamental (ONG), existe uma variedade de riscos para o jornalismo pelo que avança sete recomendações para a utilização de IA: desde logo que os criadores devem ser responsabilizados por qualquer dano causado pelos seus conteúdos e pelo potencial dano causado ao direito dos cidadãos à informação ou à liberdade dos jornalistas.
A ONG defende que os sistemas de IA devem ser projetados para produzir ou disseminar informações baseadas em fontes jornalísticas confiáveis e fornecer informação sem prejudicar a sua integridade.
Promover uma representação pluralista e diversificada da informação, selecionando fontes de acordo com critérios objetivos de qualidade e independência, é outra das recomendações da RSF.
O respeito pela integridade da informação jornalística e a supervisão e regulamentação de 'deepfakes' (falsidades com manipulação de áudio ou de imagem), obrigação das plataformas de distribuição de conteúdo de notícias a promover conteúdo autêntico, através dos algoritmos, são outras das exigência da organização.
A inovação na indústria mediática também é necessária, de forma a enfrentar os desafios contemporâneos, salienta os RSF.
Mais de 60 países assinaram a "Declaração sobre Inteligência Artificial (IA) inclusiva e Sustentável para as Pessoas e o Planeta" que resultou da conferência em Paris sobre o tema.
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