Oficinas e exposições de ilustração, conversas com escritores, teatro de marionetas, retratos literários, performances comunitárias e espetáculos, sempre com tudo à volta da palavra, preenchem o programa do festival, que coincide com o Dia Mundial da Criança, celebrado a 1 de junho, e que tem as exposições patentes até julho.
"Pensado para toda a família, o 'Têpluquê' propõe uma viagem pela imaginação guiada pela palavra, tendo como objetivo despertar o imaginário literário, através da ligação do universo da literatura infantojuvenil a outras disciplinas lúdicas e/ou artísticas", acrescenta o comunicado da Câmara de Braga, que organiza o festival, com produção da Livraria Papa-Livros, segundo conceção dos escritores, ilustradores, livreiros e editores Adélia Carvalho e Pedro Seromenho.
Dedicado a Manuel António Pina, como destaca a Papa-Livros, o festival foi "pensado para o público infantojuvenil de hoje e de ontem", e "propõe-se explorar a palavra, usando-a como ponto de partida e de chegada", em particular a palavra brincar, marcando "encontro com todos quantos são, e de todos quantos já foram, crianças". Em "Têpluquê", "a palavra irá valer tanto como mil imagens", garante a Papa-Léguas.
No primeiro dia, serão inauguradas as exposições "Trocapalavras", de ilustração tipográfica, e "Quando for Grande Quero ser Criança", dedicada ao ilustrador Sérgio Condeço. Estas exposições poderão ser vistas no Edifício do Castelo, até 2 de julho.
As Oficinas de Ilustração Tipográfica, realizadas em parceria com o Mestrado de Ilustração e Animação do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, têm início no Edifício do Castelo, permanecendo durante os restantes dias do evento, assim como as oficinas literárias "Palavras para que vos quero", o consultório de Cartas Literárias, de Raquel Patriarca, os Retratos Literários, de Pedro Seromenho, e a performance coletiva "A Revolução das Palavras", que deverá reunir escritores convidados, participantes nas oficinas e os que se quiserem juntar à "celebração da palavra... com palavras".
No sábado, haverá ainda um Consultório de Livros, com Ana Rita Domingos, do projeto Kit Literário, e a hora de conto será dedicada a "O Mistério da Meia Desaparecida", com a escritora Vitória Alves.
No domingo, 30 de maio, será feita a apresentação do livro "Quando for Grande Quero ser Criança", de Adélia Carvalho e, no dia 01 de junho, a Hora do Conto vai para "Uma mão cheia", de Pedro Seromenho, que também inaugurará a mostra de ilustração com o mesmo título, na Livraria Centésima Página, onde vai ficar até 31 de julho.
O espetáculo "Como um Carrossel", do Teatro de Marionetas do Porto, encerrará o programa do primeiro "Têpluquê", ao final da tarde de 1 de junho.
Segundo o comunicado da câmara, o público será convocado não apenas como espectador, mas sim como "parte ativa no processo coletivo de imaginação que se pretende provocar a partir do universo da palavra e da literatura em geral, e do poder fortemente imagético da literatura infantojuvenil em particular".
"A palavra de ordem será a de brincar com as palavras, com todas as palavras, grandes e pequenas, vistas e ouvidas, gritadas e sussurradas ao ouvido, cantadas e declamadas, verdadeiras e inventadas, certas ou trocadas", refere ainda o município.
O "Têpluquê", de Manuel António Pina, abre exatamente com "O Romance da Revolução das Letras", que acaba por conduzir à revolta das palavras, dos livros, das bibliotecas, "e depois de tudo", numa brincadeira "com todas as palavras".
A primeira edição do festival deverá ter continuidade nos dias 25 de julho, 22 de agosto, 12 de setembro, 24 de outubro, 21 de novembro e 5 de dezembro, de acordo com o programa divulgado.
"O 'Têpluquê' irá propor uma viagem pela imaginação guiada pela palavra, durante sete meses, tendo como objetivo despertar o imaginário literário, através da ligação do universo da literatura infantojuvenil a outras disciplinas lúdicas e/ou artísticas, como o desporto, as artes performativas, a música...", lê-se na página da Papa-Léguas, no Facebook.
As iniciativas presenciais desta primeira edição realizam-se no Edifício do Castelo e na Livraria Centésima Página, em Braga. Os conteúdos 'online' decorrerem no dia 1 de junho, no Facebook do município, e têm como principais destinatários as escolas do 1.º Ciclo.
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