O despacho de designação, assinado pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e que "produz efeitos desde a data da sua assinatura", 03 de junho de 2022, foi publicado hoje em Diário da República.
Remetendo para o currículo de João Carlos Santos, o ministro da Cultura considera que este "evidencia perfil adequado e demonstrativo da aptidão e da experiência profissional necessárias ao exercício" do cargo de diretor-geral do Património Cultural.
João Carlos Santos substituiu, no final de junho de 2021, o então diretor-geral do Património Cultural, Bernardo Alabaça, que tinha sido exonerado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, por esta considerar que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) estava "inoperacional".
O concurso público para o lugar de diretor-geral do Património Cultural encerrou em 17 de junho de 2021, não tendo ainda sido anunciada decisão.
Em maio, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, disse não encarar a conclusão dos concursos públicos para cargos diretivos da DGPC como um assunto urgente, referindo que o cargo de diretor-geral daquele organismo tem sido desempenhado sem sobressaltos pelo arquiteto João Carlos Santos.
Na mesma ocasião, Pedro Adão e Silva reiterou que os concursos da DGPC são parte de um processo ainda a decorrer, envolvendo o Ministério da Cultura e a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).
Até assumir o cargo de diretor-geral, João Carlos Santos era um dos subdiretores da DGPC, desde 2013.
Arquiteto de formação, João Carlos Santos tem um 'master' em Patologia e Restauro Arquitetónico e é doutorando em arquitetura na Universidade do Porto, tendo integrado várias comissões, nomeadamente o Conselho Nacional de Cultura, o Conselho Diretivo do Fundo de Salvaguarda do Património Cultural e membro do Conselho Coordenador do Programa de Gestão do Património Imobiliário do Estado, e feito parte da Comissão Redatora da Política Nacional da Arquitetura e da Paisagem, entre outros.
Autor de vários projetos de recuperação e reabilitação arquitetónica, nomeadamente da nova ala do Palácio Nacional da Ajuda, onde ficará instalado o novo Museu do Tesouro Real, João Carlos dos Santos recebeu diversos prémios e, desde 1991, é docente de unidades curriculares relacionadas com o restauro do património arquitetónico em diversas universidades do país.
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