A organização do Rock in Rio Lisboa decidiu fazer alguns ajustes no festival, que este ano é realizado pela primeira vez no Parque Tejo, após ter recebido mais de uma centena de queixas, relacionadas, essencialmente com problemas com os bilhetes, com a falta de organização, má qualidade do som e falta de resposta na alimentação.
A diretora do evento, Roberta Medina, em entrevista à Renascença revelou que vão mexer não só nos acessos, como na alimentação e gestão do público. O estacionamento será também mais condicionado para evitar o caos que se verificou nas saídas no passado fim de semana.
"No próximo fim de semana, voltamos a aumentar as equipas de apoio para fazer fluir a circulação dentro das casas de banho. Os operadores de comida estão a reforçar as suas operações e a polícia vai trabalhar para o trânsito fluir de forma mais forte", revelou Roberta Medina, acrescentando que as autoridades estão já a tentar encontrar um local para direcionar os carros e impedir o estacionamento nas artérias entre o Parque das Nações e o Parque Tejo a quem não seja residente na zona.
Carros só devem ser estacionados nos parques oficiais
Aliás, para a diretora do festival o estacionamento foi inclusive o que mais "atrapalhou a saída" do evento. "Nas imagens parece que o mundo ia acabar. As pessoas largaram os carros em qualquer buraco, em qualquer calçada e, na saída, trancou o trânsito", salientou, adiantando que os parques oficiais, localizados a 20 minutos do recinto, não estavam sequer cheios.
Quem quer ir de carro deve, por isso, usar os parques de estacionamento oficiais e seguir, posteriormente, até ao recinto em transportes públicos ou no 'shuttle' do Rock in Rio, que Roberta Medina garante está a funcionar de forma "impecável".
Restaurantes com maior capacidade de venda e casas de banho com mais apoio
Sobre os problemas das filas para a alimentação, a diretora do Rock in Rio assegura que, para já os próprios operadores de alimentação estão a preparar-se para "uma capacidade maior de venda". Numa próxima edição, a situação "terá de ser avaliada", com a organização a ponderar um modelo com uma lógica mais massificada de fornecimento de refeições.
Nas casas de banho, também houve falta de gestão do público, apesar de ter havido um aumento de 40% nesta área. Por isso, segundo Roberta Medina, também nesta zona será feito um "reforço gigantesco".
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