"Sobreviventes" vai concorrer ao prémio de Melhor Filme Ibero-americano nos Ariel, organizados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas do México.
O filme - uma ideia de José Barahona, com argumento coescrito com José Eduardo Agualusa, que remete também para o livro "Nação Crioula", do autor angolano, e para a personagem fictícia Fradique Mendes -- fez a sua estreia comercial em Portugal no mês de outubro.
O realizador morreu em novembro, aos 55 anos.
Rodado em 2022 na costa portuguesa, o filme conta com interpretações, entre outros, de Anabela Moreira, Zia Soares, Ângelo Torres e Miguel Damião.
"É uma história dos sobreviventes do naufrágio de um navio negreiro em meados do século XIX numa altura em que o tráfico está a acabar", disse o realizador à Lusa, quando estava a finalizar o filme.
"Vermos os portugueses tendo atitudes muito racistas e muito esclavagistas não é tão habitual no cinema português quanto isso", considerou José Barahona, para quem falar de colonialismo, escravatura e do período designado "Descobrimentos" é falar de "uma questão complexa que está muito em cima da mesa hoje em dia".
O filme é uma produção da brasileira Refinaria Filmes e da portuguesa David & Golias.
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