Governo vai destinar 10,2 milhões para expandir Museu Nacional de Arte Antiga

Um montante de 10,2 milhões de euros vai destinar-se à compra de dois imóveis e um terreno para expansão do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, confirmou hoje à Lusa fonte oficial.

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Lusa
14/02/2025 14:09 ‧ ontem por Lusa

Cultura

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A concretização do projeto de expansão tinha sido anunciada há um ano pelo então primeiro-ministro António Costa e pelo ministro da Cultura Pedro Adão e Silva, com uma verba de cerca de 10 milhões de euros, e mandatada a Estamo -- Participações Imobiliárias para realizar a aquisição de três imóveis até ao final de 2024.

 

Em junho de 2024, o ainda diretor do MNAA, Joaquim Caetano, tinha referido que os três edifícios anunciados em janeiro daquele ano já tinham sido adquiridos pela empresa de capitais públicos Estamo -- Participações Imobiliárias.

Contactada pela agência Lusa, fonte do gabinete da ministra da Cultura indicou hoje que, "tendo sido impossível concretizar a compra no prazo previsto, o atual Governo volta agora a autorizar a despesa", aprovada em Conselho de Ministros.

"As negociações foram entretanto concluídas e, após aprovação da operação pelo Tribunal de Contas, será possível escriturar as aquisições", dos dois edifícios e um terreno na Avenida 24 de julho, que "irão permitir cumprir uma necessidade de expansão identificada desde 1955", acrescentou a mesma fonte do gabinete de Dalila Rodrigues.

Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros de quinta-feira, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, lembrou que o MNAA "não tinha obras sérias desde 1940", e que "só consegue, dada a limitação de espaço, expor 5% da sua coleção de cerca de 50 mil peças".

Para a expansão do museu é preciso adquirir três imóveis, situados também na zona das Janelas Verdes, "coisa que é viabilizada com esta aprovação".

Em resposta a questões da Lusa, a tutela afirma que a criação de um novo acesso a partir da Avenida 24 de julho, permitirá "uma melhor e mais eficaz" acessibilidade ao museu: "No futuro, a nova área do MNAA permitirá novos espaços de exposição temporária, zonas para restauro e reservas visitáveis, numa área de cerca de 6000 metros quadrados".

Em junho do no passado, Joaquim Caetano afirmava que, para o prosseguimento do projeto "tem de haver um plano prévio do museu, um plano de arquitetura e um concurso para as obras, que terão de ser internacionais, porque será uma obra grande".

"Nós já temos um estudo de volumetria e de ocupação global dos espaços, mas só com o os projetistas é que se trabalhará no acerto concreto da museografia", acrescentou, na altura.

A necessidade deste projeto está definida há mais de 60 anos, quando já o historiador de arte e especialista em pintura portuguesa João Couto, diretor do MNAA de 1937 a 1962, dizia que o museu precisava de se expandir para expor as coleções.

A concretização deverá permitir a expansão da área expositiva e das reservas do museu que alberga tesouros como os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, e a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por Manuel I e datada de 1506.

Criado em 1884, o MNAA detém a mais relevante coleção pública do país em pintura, escultura, artes decorativas -- portuguesas, europeias e da Expansão --, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como "tesouros nacionais", assim como a maior coleção de mobiliário português.

O concurso internacional para a direção do MNAA foi aberto em setembro, em conjunto com vários outros museus sob alçada da empresa pública Museus e Monumentos de Portugal. Neste momento, é o único dessa fase que ainda não viu o resultado ser divulgado.

De acordo com informação do portal Mais Transparência, em 2024, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, foi atribuído um financiamento de 4,97 milhões de euros para intervenções no MNAA.

Leia Também: Governo aprova verba para expansão do Museu Nacional de Arte Antiga

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