Varandas Fernandes falou do ambiente que se viveu, na última temporada, no futebol português. O vice-presidente do Benfica deixou ainda um "desafio" à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e à Liga Portugal.
"Ao longo da época passada, viveu-se em Portugal um ambiente asfixiante. Assistimos a uma guerrilha permanente. Esse estado de coisas tem de acabar. Para que as coisas mudem, algumas questões devem ser esclarecidas antes do campeonato ter início. Em defesa da transparência, levantamos seis questões e lançamos um desafio junto das instâncias responsáveis no desporto. Dirigimo-nos, sobretudo, à Liga Portugal e à Federação Portuguesa de Futebol", começou por dizer, deixando as questões.
"Primeira questão: Qual o ponto de situação das investigações ao centro de treinos dos árbitros na Maia? Já passou tempo demais sem os necessários esclarecimentos. Permanecem as dúvidas;
Segunda questão: Qual o ponto de situação das queixas apresentadas por vários árbitros sobre as queixas que sofreram? Aqui também um manto de silêncio completo;
Terceira questão: Qual a explicação da Liga para que na última época não se tenham cumprido os regulamentos da segunda parte do encontro entre Estoril e FC Porto. O jogo foi retomado 37 dias depois, nunca se percebeu esta decisão;
Quarta questão: Como se explica que o relatório de perícia feito pela FPF sobre a recente divulgação pública de contratos de jogadores do Benfica tenha sido publicado num blog? O documento nunca foi recebido aqui no clube;
Quinta questão: Como será que só há fugas de contratos do Benfica e, sempre, em blogs associados a outros clubes? No mínimo, é coincidência a mais;
Sexta questão: Como se justificam o silêncio da Liga e da FPF diante do crime de violência de correspondência privada de um clube em relação ao outro.
Queremos lançar um desafio. Nos últimos anos, foram alguns tecendo o mito de que o Benfica dominaria as principais estruturas do futebol português. Assim sendo, convidamos a Liga Portugal e a Federação Portuguesa de Futebol, e respetivos órgãos, a publicar, nas suas páginas, todo o percurso profissional dos seus dirigentes e quadros, identificando, claramente, os clubes onde já trabalharam e exerceram funções, e assumindo cada um a sua preferência clubística caso ela exista. Queremos transparência total para um escrutínio total. Será um contributo positivo para se apagar com a propaganda de que o Benfica controla as principais instâncias do futebol nacional. Quem não deve, não teme."