Dois jornalistas da televisão pública norueguesa NRK foram libertados depois de serem detidos por 32 horas pelas autoridades do Qatar, onde viajaram para fazer uma reportagem sobre o Mundial'2022, informou o canal nesta quarta-feira.
De acordo com a NRK, os jornalistas tiveram que voar para a Noruega no último domingo, mas foram mantidos numa cela e o seu equipamento de trabalho acabou por lhes ser retirado por motivos que ainda não foram esclarecidos.
"Eles detiveram-nos por volta da meia-noite e libertaram-nos por volta da uma da tarde de terça-feira, cerca de 32 horas depois. É uma situação desagradável e problemática", disse Halvor Ekeland, um dos jornalistas, ao canal após aterrar em Copenhaga e antes de apanhar o voo para Oslo.
Ekeland e Lokman Ghorbani chegaram ao Qatar a 14 de novembro e um dia depois tiveram um encontro com Abdulá Ibhais, um crítico do regime do Qatar, que tinha sido detido pelas autoridades locais antes de ser entrevistado pelo NRK.
O Governo norueguês confirmou o episódio e referiu que nenhuma acusação foi feita contra os jornalistas, além de destacar a importância de eles poderem realizar o seu trabalho.
"Reagimos duramente ao que aconteceu e estamos muito preocupados com as condições dos jornalistas no Qatar", disse o presidente da Federação norueguesa de Futebol, Terje Svendsen, classificando o episódio como "inaceitável".
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