"Partilhamos o objetivo de manter uma indústria estável e sustentável, e saudamos as medidas mais fortes para conter os atrasos nos pagamentos. No entanto, continuamos com dúvidas e preocupações significativas sobre as medidas tomadas e estamos frustrados com a falta de discussões significativas com os maiores atores do setor, os futebolistas", lamentou o organismo.
Em 07 de abril, o comité executivo da UEFA aprovou os Regulamentos de Licenciamento de Clubes e Sustentabilidade Financeira, que limitam os gastos com salários, transferências e taxas de empresários a 70% das receitas dos clubes.
A FIFPRO disse estar "aberta a participar nas reformas" e revelou até que promoveu uma "avaliação independente do impacto sobre o modelo de restrição de custos dos plantéis", num documento que partilhou com a UEFA.
"As questões que afetam tão claramente as relações laborais e as condições de trabalho dos jogadores devem ser abordadas dando a mesma voz aos representantes dos clubes e dos futebolistas", vincou.
O organismo estava à espera de uma "negociação séria sobre as preocupações e questões levantadas", mas revela a frustração pelo facto de tal não ter acontecido e de as decisões terem sido tomadas sem ter em conta a sua voz.
Assim, a FIFPRO promete "estudar cuidadosamente todos os aspetos e impactos das novas regras, com o propósito de defender os direitos e interesses fundamentais dos jogadores".
"Sempre defendemos um modelo de governação partilhada do nosso jogo e, por isso, continuaremos abertos a um compromisso significativo com as demais partes interessadas", concluiu o sindicato presidido pelo espanhol David Aganzo.
O novo quadro regulamentar, que foi aprovado pelo Comité Executivo da UEFA e pretende contribuir para a estabilidade financeira das equipas, entra em vigor em 01 de junho de 2022, mas será aplicado de forma gradual, ao longo de três anos, para conferir tempo de adaptação aos clubes.