Não era o recorde que se antecipava para a etapa parisiense da Liga Diamante, mas acabou mesmo por acontecer, com Kipyegon, sempre muito pressionada no final pela etíope Letesenbet Gidey, a anterior recordista.
Kipyegon, de 29 anos, correu agora em 14.05,20 minutos e 'risca' assim da lista o recorde de Gidey, que tinha 14.06,62 desde 2020.
Por outro lado, as duas atletas colocam a légua como um dos previsíveis pontos altos dos Mundiais de Budapeste.
Gidey, segunda em 14.07,94, comprovou estar de novo em grande momento de forma, só cedendo claramente nos últimos 150 metros, corridos de forma 'supersónica' pela queniana.
Kipyegon surpreendeu tudo e todos, já que há oito anos que não completava os 5.000 metros e tinha um recorde pessoal de apenas 14.31,95.
A atleta tem-se dedicado quase em exclusivo aos 1.500 metros, em que é dupla campeã olímpica e também dupla campeã do mundo.
Muito ajudou à motivação da fundista a 'wavelight', uma tecnologia luminosa que dá o ritmo para recorde junto à extremidade da pista.
Um pouco mais cedo, Jakob Ingebrigtsen, o campeão olímpico de 1.500 metros, apossara-se do recorde das duas milhas, correndo a distância em 7.54,10 minutos.
O jovem norueguês, de 22 anos, retirou 4,51 segundos ao recorde do queniano Daniel Komen, que desde julho de 2007 era o mais rápido nesta distância poucas vezes corrida ao mais alto nível.
O recorde de hoje era 'anunciado', mas não se esperava que Ingebrigtsen o 'pulverizasse', como fez, ainda mais porque nunca tinha corrido a distância, de mais de três mil metros.
O francês Benoit Campion e o queniano Kyumbe Munguti foram as eficientes 'lebres', passando abaixo do tempo pedido aos 2.000 metros, com o campeão mundial de 5.000 metros a fazer depois a sua parte com grande classe, nas últimas duas voltas e meia.
Este é o primeiro recorde ao ar livre para o norueguês, que já no ano passado se apossara de um máximo mundial, mas em pista coberta - o dos 1.500 metros, em 3.30,60.
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