"Penso que é um evento único em Portugal, onde se pensa o futebol. Temos os maiores clubes, quer nacionais, quer internacionais, presidentes de Liga internacionais. Pensámos aquele que é o modelo de negócio e o que será o futebol em Portugal. Partilhámos o plano estratégico da LPFP para o próximo quadriénio, portanto saímos daqui muitíssimo satisfeitos", disse o dirigente.
Quando confrontado com as recentes críticas de Cristiano Ronaldo, o presidente que iniciou este ano o seu terceiro mandato à frente do organismo salientou a importância de criar uma envolvência positiva à volta do futebol, pedindo positividade aos seus intervenientes
"Penso que reconhecemos que o futebol em Portugal está muito melhor. Hoje, dentro da LPFP, discutem-se os seus verdadeiros assuntos, portanto é sempre com esse objetivo que concluímos uma jornada destas. Falar da mesquinhez, não, falarei sempre do futebol positivo e aquilo que aporta numa dimensão positiva. Não contem comigo. Há muita coisa a melhorar, claro que sim, mas temos um futebol muito melhor que o de ontem. São dores de crescimento e estamos a trabalhar", respondeu.
Proença reconhece que uma das debilidades do futebol português é não conseguir reter no país os muitos talentos formados nas academias dos clubes e que isso só será combatido com o aumento de receitas conseguido por medidas como a centralização dos direitos audiovisuais.
"Esse é um problema, a capacidade que nós temos de ter para reter o nosso talento, que criamos nas nossas academias, temos vindo a alertar. É óbvio que o futebol tem de fazer o seu trabalho, mas custo de contexto, o tema da centralização dos direitos [audiovisuais], toda uma panóplia de assuntos aqui debatidos para que tenhamos a capacidade. Já temos a criação de talento, falta a retenção", disse.
Para o líder da LPFP, apesar do cenário que vê como positivo, o seu trabalho está ainda "incompleto" e pretende no seu último mandato cumprir os seus desígnios, pedindo ajuda a todos os intervenientes para a criação de um ambiente positivo.
"Sou um insatisfeito e vim para este terceiro e último mandato porque o trabalho não está completo. Estou insatisfeito porque os direitos televisivos ainda não estão centralizados, porque gostava que os estádios tivessem mais famílias. Mas também acredito que existe uma geração que vê o futebol de forma positiva. Não é positiva de irresponsável, mas porque o futebol português tem uma margem de progressão. Jogadores, treinadores, media, todos temos de puxar para esse lado", concluiu.
A segunda edição da cimeira Thinking Football, evento organizado pela Liga Portugal, no Porto, com diversos painéis de discussão que englobam as várias dimensões da modalidade, terminou hoje.
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