O Benfica terminou o ano de 2023 com uma vitória categórica diante do Famalicão (3-0), registada na noite de ontem, em jogo da 15.ª jornada da I Liga. A formação de Roger Schmidt também assumiu a liderança provisória do campeonato, ficando à espera que o Sporting não conseguia vencer, na noite deste sábado, na visita ao Portimonense, para poder virar o ano no primeiro lugar da tabela classificativa. 

O resultado foi bem melhor do que a exibição das águias, que em alguns momentos estiveram mais perto de consentir o empate do que alargar a vantagem. No entanto, e perante um vasto rol de ausentes, o Benfica acabaria por resistir à investida famalicense e carimbar um importante triunfo que coloca pressão adicional no rival da segunda circular. 

Com Tomás Araújo e Tiago Gouveia a alinharem de início, os comandados de Schmidt acabaram por ser guiados por... um velho conhecido. 

Vamos aos destaques. 

A figura

Rafa Silva fez de tudo e esteve envolvido nos três golos apontados pelo Benfica na noite ontem. Primeiro assistiu para o golo de Arthur Cabral, aos 30 minutos, carimbou a vitória aos 85', no momento de maior pressão do Famalicão, e voltou a assistir para o terceiro e último golo da noite, assinado por Musa. 

Depois de tudo isto, o camisola 27 das águias foi à flash interview acionar todos os alarmes, admitindo que poderá mesmo sair do Benfica no final da temporada, altura em que termina o contrato que liga as partes. 

Feitas as contas, Rafa agitou dentro e fora das quatro linhas. 

A surpresa 

João Neves continua a surpreender, depois de ter confirmado que neste ano de 2023 que já é uma certeza no futebol mundial. Não tem medo de pegar no jogo e de avançar com a bola nos pés mesmo perante uma 'muralha' de adversários. Foi dele que nasceu o lance do primeiro golo, tirando um rival da frente com uma finta de corpo, antes de lançar Rafa em velocidade pelo corredor direito. Craque dos pés à cabeça. 

A desilusão

Jhonder Cádiz foi presa fácil para António Silva e Tomás Araújo. O avançado que até já passou pelo Benfica nunca conseguiu incomodar verdadeiramente Trubin durante o tempo em que esteve em campo. De resto, o perigo do Famalicão chegava praticamente de todo o lado menos por parte de Cádiz. 

Os treinadores 

Roger Schmidt

Na véspera Schmidt havia desvalorizado as ausências de Di María e Otamendi e a verdade é que o jogo acabaria por lhe dar razão. Tiago Gouveia conseguiu disfarçar a ausência do extremo argentino, pese embora tenha perdido fulgor na segunda parte, ao passo que Tomás Araújo também esteve muito certinho na hora de ocupar o lugar do capitão Otamendi. O técnico alemão soube - ao contrário do que muitas vezes acontece - mexer na equipa em tempo útil, numa fase em que o Famalicão parecia estar cada vez mais perto de chegar ao empate. 

João Pedro Sousa

O treinador do Famalicão tinha prometido que a sua equipa iria à Luz em busca da vitória e é justo dizer que acabou traído pela vontade de chegar ao empate na segunda parte. O Famalicão mostrou bom futebol, tem jogadores capazes de chegar a outros patamares, mas a manta ficou curta com o passar dos minutos. 

O árbitro 

A noite foi trabalhosa para André Narciso, mas o árbitro que marcou presença na Luz quase sempre decidiu bem e adotou por um critério mais largo, permitindo que o jogo corresse sem muitas interrupções. Negou um penálti para cada uma das equipas. 

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