Paulo Fonseca, treinador português do Lille, da Ligue 1 francesa, deu uma longa entrevista ao portal The Athletic, neste sábado. O técnico falou sobre o seu estilo de jogo e a sua maneira de ver o futebol. Explicou ainda o porquê de ingressar no Lille depois de treinar a AS Roma.
"O principal na minha conversa com o clube foi a sensação de que poderia construir algo que fosse meu. Foi isso que me fez decidir vir para o Lille. Tinham sido campeões dois anos antes, mas a maior parte dos jogadores (dessa equipa) tinha saído. O proprietário queria construir uma nova equipa com jogadores jovens e sem pressão. Queria uma nova forma de jogar e uma equipa que pudesse dominar os jogos. Tive imediatamente a sensação: 'Sim, este é o sítio certo. Posso construir uma identidade aqui'", começou por contar o técnico português.
"Para mim, nunca se trata apenas do resultado. Trata-se do processo. O que criamos e a forma como o fazemos. Isto é muito importante para mim. Quero criar algo que nos permita desfrutar do jogo. E para isso, é preciso ter uma forma de jogar ofensiva. Temos de tentar dominar e criar mais oportunidades do que o adversário. Penso que atualmente as pessoas apreciam menos os treinadores que não têm coragem. Quero criar algo espetacular. Algo que as pessoas possam realmente apreciar", continuou o ex-técnico do FC Porto ou Sp. Braga.
Em resumo, Paulo Fonseca diz que "o nosso jogo é a nossa atração". "Queremos que as equipas nos pressionem para que possamos encontrar espaço. E por isso corremos muitos riscos. Especialmente quando construímos, porque nossa primeira fase - com nossas diferentes estruturas e como aceleramos e desaceleramos o jogo - é o que nos permite dominar. Este tipo de jogo não é para jogadores fracos", admite Fonseca.
O LOSC tem apenas a sexta maior folha salarial da Ligue 1. O Paris Saint-Germain gasta quase seis vezes mais. O Marseille, três vezes. O Monaco mais do dobro. Nesta altura, a equipa está em quinto lugar e na Liga Conferência.
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