Deco concedeu uma extensa entrevista à edição desta segunda-feira do jornal espanhol La Vanguardia, na qual quebrou o silêncio a propósito da decisão anunciada por Xavi Hernández de abandonar o comando técnico do Barcelona, no final da presente temporda.
"Não esperava. Estou com ele no dia a dia, e levávamos semanas a planificar chegadas como a de Vítor Roque. Ou a discutir se, com a lesão de Balde, teríamos a hipótese de contratar, no inverno... Especula-se sempre, mas nunca pensei nisso. Falámos da próxima temporada, por isso é que renovou", afirmou.
"Ele já se explicou bastante. A minha sensação é que o campeonato que se conquistou, no ano passado, não se valorizou o suficiente, e devia ter sido feito. Os adeptos festejaram-no, mas a imprensa, a nível geral, tirou-lhe importância", acrescentou.
Questionado quanto ao homem eleito para substituir o antigo internacional espanhol, o diretor desportivo do conjunto blaugrana sublinhou que "é pouco ético falar de um treinador que tem contrato". Ainda assim, falou de alguns, como Jurgen Klopp, do Liverpool.
"É um grande treinador, mas eu penso que não é o momento certo para falar sobre isso. O novo treinador quererá fazer alterações, mas, primeiro, será necessário explicar-lhe o projeto e as ideias. Há muitas opções", referiu.
"Eu não sigo muito o trabalho de [Thiago] Motta, porque não está numa das equipas italianas que costume ver. [Rafa] Márquez, sim, porque está aqui. É um treinador jovem, que está a crescer perante as dificuldades. Estar aqui irá torná-lo melhor treinador", completou.
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