O Sporting não teve grandes problemas, na tarde de sábado, para derrotar o Portimonense (3-0) e ficar ainda mais perto de conquistar o título de campeão nacional, o 20.º da sua história. Numa tarde de casa cheia em Alvalade, a euforia dos adeptos parece ter dado um fôlego extra aos jogadores leoninos que entraram a todo o gás na partida.
Paulinho, aos 13 minutos, desfez o nulo e quebrou a resistência algarvia, mas só aos 70 é que Trincão apontou o golo que descansou os adeptos (que tanto anseieam pelo título). Ainda antes do apito final, Viktor Gyokeres também fez o gosto ao pé, fixando o resultado final de um jogo de sentido único.
Os números são categóricos e o Sporting precisa agora de apenas dois pontos para confirmar aquele que parece ser um título entregue há várias semanas. De resto, os leões até podem festejar já este domingo caso o Benfica não consiga vencer na visita ao Famalicão.
Vamos aos protagonistas.
A figura
Paulinho tem sido figura de segundo plano ao longo desta temporada do Sporting, mas uma vez mais foi decisivo, ao marcar e assistir, para além de ter sido uma das unidades mais esclarecidas dentro de campo. No primeiro golo teve faro para aparecer no sítio certo, ao passo que no segundo não desistiu do lance e foi até à linha para cruzar, com a medida certa, para o colega Trincão.
A surpresa
Depois de ficar no banco frente ao FC Porto, Nuno Santos saltou para a titularidade e deu outra vida ao flanco esquerdo do Sporting. Participou nos primeiros dois golos de forma direta, sendo um verdadeiro perigo à solta para os algarvios.
A desilusão
Igor Formiga não teve mãos a medir com tanto trabalho que Paulinho e Gyokeres lhe deram. O defesa brasileiro bem se esforçou e até deu luta, mas terminou, invariavelmente, batido em quase todos os lances. Tarde para esquecer.
Os treinadores
Rúben Amorim
O treinador do Sporting voltou ao plano habitual, ainda que puxando Pote para o meio-campo, e viu os jogadores darem uma resposta cabal, com uma entrada fulgurante. Na segunda parte também soube mexer com o no timing certo, nomeadamente através da introdução de Daniel Bragança.
Paulo Sérgio
A equipa algarvia já entrou tímida em Alvalade, mas na segunda parte, e já em desvantagem, ainda se encostou mais lá atrás. Abordagem discutível para quem tanto precisa de pontos para se manter nesta I Liga.
O árbitro
O melhor elogio que se pode fazer a um árbitro é que mal se deu por ele em campo. Foi o que aconteceu com Iancu Vasilica, que esteve sempre muito sereno mas sem nunca perder o controlo dos jogadores.
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