Pedro Pichardo recorreu, esta quarta-feira, às redes sociais para levantar dúvidas quanto à legalidade do salto realizado, na véspera, por Jordan Díaz, que acabou por custar-lhe a medalha de ouro, nos Campeonatos da Europa de Atletismo, que decorrem em Roma.
"Sempre fui um atleta muito justo e de jogo limpo quando falamos de competição, nunca tive a necessidade de vir às redes sociais para justificar uma vitória ou derrota, nunca precisei de usar substância proibidas para ganhar, nunca alterei os meus bicos para saltar mais longe, nunca batotei ninguém, nem usei 'influências' para ganhar uma competição", começou por referir.
"O de ontem foi lindo, sim!! Mas gostaria que a Associação Europeia de Atletismo, a Associação Internacional de Federações de Atletismo e os árbitros a cargo dessem uma resposta e um esclarecimento com brevidade sobre o que aconteceu na régua de salto no momento que o atleta de Espanha faz aquela grande marca, numa competição deste nível não é normal fazer uma grande marca com a régua electrónica desligada, o atleta já sai da caixa de areia a festejar sem nem sequer ter noção de onde tinha aterrado pois a régua já estava desligada mas parece que ele já sabia que me tinha ultrapassado mesmo antes da medição e sem a régua electrónica estar ligada", prosseguiu.
"Nós atletas sabemos que sem nenhuma referência é difícil saber se foi um bom salto ou não, mas ele já sabia!!! Por que é que nos seus 17,96m estava ligada e no grande salto não? Um minuto depois do seu grande salto a régua voltou a funcionar e por coincidência eu era o seguinte a saltar. Como é possível? Por que é que nesse momento a régua electrónica estava desligada? Como sabemos que realmente foi 18,18m?", completou.
O atleta luso-cubano, recorde-se, bateu o recorde português do triplo salto, ao alcançar uma marca de 18,04 metros. Marca essa que, no entanto, acabou por não chegar para conquistar o ouro, pelo que se ficou pela prata.
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