O Tribunal de Justiça da União Europeia deu, ao final da manhã desta sexta-feira, razão a Lassana Diarra num diferendo que este mantinha com a FIFA já desde 2014. Uma decisão que pode vir a provocar uma autêntica 'revolução' no mercado de transferências.
Na altura, o ex-internacional francês abriu uma 'guerra' com o Lokomotiv Moscovo, reclamando ordenados em atraso, algo que o clube justificou com motivos de ordem disciplinar. O primeiro optou por deixar de comparecer nos treinos, ao que o segundo reagiu avançado para a rescisão unilateral do contrato.
O processo seguiu para a Justiça, que acabou por condenar o ex-jogador ao pagamento de uma multa no valor de 10,5 milhões de euros. Ao mesmo tempo, este recebeu uma proposta do Charleroi, que, no entanto, exigiu garantias de que não teria de pagar qualquer quantia aos russos.
A FIFA recusou entregar esse tipo de garantias e o acordo 'caiu por terra', pelo que, em dezembro de 2015, Lassana Diarra avançou com uma queixa formal contra o organismo que rege o futebol mundial, alegando perda de rendimentos, o que culminou nesta decisão.
"O Tribunal conclui que todas essas regras são contrárias às leis da União Europeia. Em primeiro lugar, as regras em questão impedem a livre movimentação de futebolistas profissionais que pretendam desenvolver a atividade ao partirem para um novo clube", pode ler-se no comunicado.
"Essas regras acarretam riscos legais consideráveis, imprevisíveis e, potencialmente, de muito alto risco financeiro, assim como desportivo, para esses jogadores e os clubes que pretendam contratá-los, impedindo transferências internacionais", acrescenta.
Resta, agora, perceber ao certo quais as consequências deste desfecho. No limite, poderá vir a facilitar a rescisão contratual por parte dos jogadores, visto que estes deixarão de ter de apresentar provas em como nada é devido aos anteriores clubes.
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