"Se formos ver os dados de cada partida em casa, percebe-se que também tentámos jogar: na última, fizemos 24 remates e tivemos muitas ocasiões para fazer golo. Preparámos todos os jogos da mesma forma", frisou o técnico italiano, em conferência de imprensa.
Com oito pontos alcançados na condição de visitante, contra apenas um no Estádio do Bessa, no Porto, as 'panteras' tentam corrigir a derrota na receção ao Rio Ave (2-0), da ronda anterior, que diminuiu para um ponto a vantagem sobre a zona de descida direta.
"Perdemos o último jogo, mas temos na cabeça o que fizemos para tentar ganhá-lo. A crença levou-nos a fazer uma exibição bonita, mas houve uma paragem longa, que nos deixou a pensar muito na derrota. Estamos ligados e o foco passa sempre por ganhar", apontou.
Depois do desaire perante os vila-condenses, na estreia do antigo treinador 'axadrezado' Petit, o Boavista esteve 21 dias sem competir, devido à pausa da I Liga para as seleções nacionais e à sua ausência da Taça de Portugal, cuja quarta eliminatória decorreu no fim de semana passado.
"A paragem serviu para trabalhar mais nos detalhes e encontrar coisas a melhorar, mas gosto mais da rotina semanal e acho que todos os treinadores querem que ela seja sempre a mesma", admitiu Cristiano Bacci, lembrando os minutos concedidos a atletas mais jovens e menos utilizados num jogo-treino frente ao Académico de Viseu (3-1), da II Liga, em 23 de novembro, no Bessa.
Esperando dificuldades na Choupana, onde o Boavista não triunfa há oito anos, o técnico voltará a contar com Pedro Gomes, habitual titular no lado direito da defesa, que cumpriu suspensão face ao Rio Ave, enquanto o médio colombiano e capitão Sebastián Pérez foi expulso e juntou-se aos lesionados João Gonçalves e Luís Pires nos indisponíveis.
"O Sebastián Pérez é o Boavista, mas já mostrámos diante do Casa Pia [vitória por 1-0 em Rio Maior, na abertura da I Liga], que também ganhamos sem ele. A malta está preparada", afiançou.
Cristiano Bacci voltou a abordar a complexidade da missão assumida em junho, quando reativou as funções de treinador principal no clube do Bessa, que está impedido pela FIFA de inscrever novos atletas há quatro janelas de transferências seguidas, devido a dívidas.
"Posso dizer que a minha carreira começou agora. Fui técnico principal no passado, mas na II Liga [com a Olhanense, entre 2015 e 2016]. Estou preparado, porque sabia o que ia encontrar aqui. O objetivo é ficar acima da 'linha de água'", direcionou o ex-adjunto dos gregos do PAOK Salónica, dos sauditas do Al Hilal e dos italianos da Udinese nas últimas sete temporadas.
O Boavista, 14.º classificado, com nove pontos, visita o Nacional, 17.º e penúltimo, com oito (menos uma partida), no sábado, às 18:00, no Estádio da Madeira, no Funchal, em encontro da 12.ª jornada da I Liga, sob arbitragem de Iancu Vasilica, da associação de Vila Real.