Depois de ter conseguido, na passada jornada, o primeiro triunfo no cargo, diante do Santa Clara (1-0), o técnico assumiu um novo "elã de positividade" que se gerou no seio do grupo, mas insiste no trabalho ainda por fazer, no sentido de sair da zona de despromoção e ir melhorando a qualidade exibicional.
"É mais motivador e agradável trabalhar sobre vitórias. No dia seguinte, foram 24 horas onde nós festejámos, tivemos com aquele elã de positividade, mas, a seguir, foco e responsabilidade, porque as vitórias trazem-nos também essa exigência de fazermos melhor para continuar a nossa evolução. Foi esse o sentimento que obtive do grupo. No primeiro dia, ainda amassados com o desgaste natural, mas com a energia para voltarem a tentar ser melhores", reiterou, em conferência de imprensa de antevisão à partida de sexta-feira.
Com apenas oito tentos apontados, o Arouca é, a par do Nacional, o segundo ataque menos produtivo do campeonato, e Jason tem assumido as rédeas por lances de livre direto, através dos quais o extremo marcou nas últimas duas jornadas, mas a falta de golos "de bola corrida" não aflige, contudo, o treinador.
"Eu acho que nós até tivemos muito mais oportunidades de bola corrida do que de bola parada. Tanto contra o Estrela da Amadora como frente ao Santa Clara. Já estamos a começar a preparar-nos para invadir o adversário dentro da sua área, com mais gente, agressividade e intensidade. A forma como colocamos a bola na área já é muito mais intencional. Isso aproxima-nos do golo e sentimos que é uma questão de tempo", relativizou.
Quanto aos casapianos, Vasco Seabra lembrou que, após um arranque em falso, com três derrotas a iniciar o campeonato, apenas perderam frente a FC Porto e Sporting, para reforçar que será um adversário que obrigará o seu conjunto a "estar sempre no limite".
"Desde agosto, é uma equipa que só perdeu no Dragão e em Alvalade. A última derrota que teve em casa foi com o Santa Clara [2-0, na terceira jornada]. Naturalmente, vamos ter um adversário muito difícil, confiante e tranquilo, que, naturalmente, tem bons jogadores e uma ideia de jogo muito vincada. Será uma equipa difícil de defrontar, coesa, que sofre poucos golos e sai muito bem também em transição. Por isso, obriga-nos a estar sempre no limite", destacou.
Quando questionado sobre as múltiplas mexidas no meio-campo do Arouca, com o ingresso recente de Mamadou Loum no 'onze', depois de uma menor preponderância no início da temporada, e também a lesão que afastou o capitão David Simão de entrar na última partida, o técnico assume as 'dores de cabeça' no setor, das quais não se queixa.
"A única estrutura a manter é a da competitividade. Estava há pouco a confidenciar sobre isso com os meus adjuntos. Nós termos ali, no nosso quadro, as fotografias deles por posição e poder olhar para o meio-campo... Até me custa deixar uns de fora, porque temos uma competitividade extraordinária. Temos cinco para aquelas duas posições", elogiou.
Nino Galovic e Vitinho, a recuperar das respetivas lesões, mantém-se como ausências confirmadas.
O Arouca, 17.º classificado da I Liga, com 11 pontos, desloca-se ao Estádio Municipal de Rio Maior, para defrontar o Casa Pia, nono, com 17, na abertura da 15.ª ronda, com encontro marcado para as 20:15 de sexta-feira e arbitragem a cargo de Anzhony Rodrigues, da associação da Madeira.
Leia Também: Wolverhampton 'em pulgas': "Ansioso para trabalhar com Vítor Pereira"