Paulo Pereira aponta aos 'quartos' do Mundial com "aspetos a melhorar"

O selecionador nacional de andebol, Paulo Pereira, apontou hoje aos quartos de final do Mundial e melhorar o 10.º lugar no Egito2021, mas reconhece que Portugal "tem ainda alguns aspetos a melhorar para ser competitivo".

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Lusa
13/01/2025 08:43 ‧ há 5 horas por Lusa

Desporto

Andebol

Inserido no Grupo E da fase preliminar, Portugal tem a vantagem de teoricamente começar com jogos de dificuldade ascendente -- EUA (quarta-feira), Brasil (sexta-feira) e Noruega (domingo) -, mas na ronda principal cruza com o F, dos candidatos Suécia e Espanha.

 

"Temos os EUA no primeiro jogo, que estamos obrigados a ganhar, não há nenhuma dúvida, e que nos pode permitir defrontar o Brasil com mais possibilidades, pois é uma seleção fortíssima, com jogadores fantásticos e um modelo de jogo otimizado", disse à agência Lusa Paulo Pereira.

O jogo com o Brasil, que antecede o último da primeira fase com a coanfitriã e candidata Noruega, em Oslo, é crucial para as aspirações nacionais, no que toca a passar à ronda principal com pontos e poder ainda aspirar aos quartos de final.

"É fundamental passar com pontos, porque vamos cruzar com um grupo muito forte [com a Suécia, Espanha e Japão] e depois é ir vendo o que acontece dia a dia, mas creio que estaremos sempre a tempo de recuperar", justificou Paulo Pereira.

O selecionador reafirma que "é fundamental vencer os EUA", "crucial triunfar frente ao Brasil" e quanto à Noruega, apesar de reconhecer que é favorita, recorda que Portugal já derrotou os nórdicos na fase principal do Euro2024 (37-32),

"Se os vencemos no Europeu do ano passado, porque não voltar a ganhar. Se conseguirmos controlar bem as emoções e melhorar alguns aspetos que sabemos que temos que melhorar, porque senão não podemos ser competitivos, creio que temos essa opção", adianta.

Em dois encontros recentes de preparação para o Mundial, que coorganiza com a Croácia e a Dinamarca, a Noruega conquistou uma dupla vitória frente ao Egito (29-33) e à Roménia (37-26). O Brasil saiu derrotado frente à Alemanha (32-25) e os Estados Unidos não realizaram qualquer jogo.

Paulo Pereira refere que tem plena confiança na seleção, que ambiciona a escrever história no Mundial, melhorando o 10.º lugar alcançado no Egito2021, e recorda que os 'heróis do mar' já mostraram muitas vezes que podem "fazer resultados bons com muitas contrariedades pelo caminho".

"O grupo está ambicioso. Agora, temos que adequar a ambição à forma como nos preparamos para atingir esses objetivos. Temos que nos preparar melhor e cuidar de alguns aspetos chave", explica o selecionador, que aponta a falta de tempo para 'afinar' a equipa.

Paulo Pereira adianta que este é o campeonato, dos sete em que participa desde 2020, que a seleção teve menos tempo para se preparar e lamenta que não haja um torneio em Portugal que servisse de derradeiro ensaio e evitasse deslocações.

"Vamos tentar contrariar esta tendência de entre mais treino mais rendimento com o treinar menos e rentabilizar o tempo que temos disponível para preparar as competições", refere Paulo Pereira.

O selecionador, de 59 anos, considera que "ter apenas dois jogos perto da prova é limitador" -- vitória sobre a República Checa (32-31) e derrota com a campeã europeia França (44-38) -- e "todos os jogadores só em 02 de janeiro também".

"Estes dois testes que tivemos fazem-nos pensar que temos que melhorar alguns aspetos se queremos ser competitivos. Temos que corrigir algumas questões que surgiram nos dois jogos que fizemos no Torneio de França", explica.

Paulo Pereira aponta que a seleção, "que possui atletas com bastante qualidade", "tem de melhorar quer na defesa quer no ataque e sobretudo na transição defensiva, na forma como corre para trás, para não sofrer golos em contra-ataque".

"Se nós estivermos aptos a recuperar defensivamente para não sofrer golos de contra-ataque fáceis vamos ser mais competitivos e podemos chegar mais à frente e atingir o nosso objetivo de chegar aos quartos de final", adianta.

O selecionador realça que terminar o Mundial entre as oito melhores seleções do mundo é "muito difícil", mas "é possível se a seleção conseguir gerir bem o esforço de todos ao longo da competição, repartindo o tempo de jogo por todos".

Alcançado esse objetivo, acrescenta o selecionador, "depois será estabelecido outro, que é fácil saber qual será".

Leia Também: Portugal ambiciona superar 10.º lugar de 2021 no Mundial de andebol

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