"O Jaime tem feito uma excelente campanha. É momento de ele desfrutar destes dois dias, em que vai preparar da melhor maneira esse encontro, junto da sua equipa. Eles têm feito um excelente trabalho, não só esta semana, como na época passada e o Jaime tem vindo a evoluir muitíssimo. Acho que ele deve estar focado", começou por destacar o vimaranense, em declarações à Lusa.
O jovem lisboeta, de 21 anos, que figura no 125.º lugar no ranking mundial, estreou-se na última madrugada em quadros principais de Majors com um triunfo diante do russo Pavel Kotov (97.º ATP), por 6-1, 6-1 e 7-5, e garantiu uma vaga na segunda ronda, tendo assim pela frente agora o recordista de títulos do Grand Slam (24).
João Sousa, que encerrou a carreira em fevereiro de 2024, defrontou o sérvio, atual sétimo do mundo e detentor de 10 vitórias em Melbourne Park, em seis ocasiões, mas nunca conseguiu levar a melhor.
"O Novak é um jogador de excelência, apesar de não saber como ele está a jogar agora. Senti na pele o que é jogar contra ele e é um jogador muito completo, que exige muito a nível técnico e físico ao adversário. Obviamente que o Jaime vai ter de jogar a um alto nível, como tem feito até agora, para ter oportunidades para vencer. E vamos ver como o Novak também se vai portar", partilhou o minhoto.
O diretor de comunicação dos jogadores do ATP Tour está na Austrália a acompanhar o primeiro Major da época e hoje viu "um encontro difícil" do antigo adversário, de 37 anos, "frente a um jovem jogador", de 19 anos, Nishesh Basavareddy, que ganhou um set antes de ceder em quatro, pelos parciais de 4-6, 6-3, 6-4 e 6-2.
"Acredito que o Novak vai se preparar da melhor maneira, juntamente com a sua equipa, para o Jaime. Não o conhece, mas claramente vai fazer esse trabalho de casa. Portanto, o Jaime não tem nada a perder. Acho que tem feito uma excelente semana, tem tudo para dar o seu melhor, para chegar lá e tentar vencer. Acho que é esse o espírito, por outro lado tem de desfrutar da experiência de jogar seguramente num campo grande e vai jogar porque merece, e isso vai ficar também na memória dele. A mentalidade de entrar para ganhar tem de estar presente e no fim fazem-se contas", aconselha João Sousa.
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