A mesma história, com uma narrativa diferente. 11 semanas depois da vitória época no Principado na quinta jornada da fase de liga da Liga dos Campeões, o Benfica voltou a vencer na casa do AS Monaco e os franceses voltaram a acabar o jogo com dez jogadores.

Ao contrário do que tinha acontecido em novembro, numa partida em que Di María tinha sido a figura de proa na remontada encarnada, um golo solitário do grego Pavlidis, aos 48 minutos, bastou para que o clube da Luz se colocasse em vantagem no playoff de acesso aos 'oitavos' da Liga dos Campeões.

Ainda assim, e depois de uma primeira parte muito equilibrada, o Benfica desaproveitou a superioridade numérica na segunda parte para marcar mais golos. A expulsão de Al Musrati aos 52 minutos abriu um caminho mais fácil para um triunfo tranquilo dos encarnados. O médio fez por repetir aquela que foi a história do jogo da fase de liga e acabou expulso. Um 'Goodbye' cedo na segunda parte deste líbio que nos habituou a poucas palavras quando esteve em Portugal.

Apesar das muitas oportunidades, o Benfica não conseguiu voltar a marcar e ainda levou para Lisboa mais dois problemas. Tomás Araújo e Di María saíram lesionados e criaram novos motivos de preocupação para Bruno Lage. Pavlidis deu a mão necessária para que os lisboetas fossem a direito nas curvas do Mónaco, mas as más definições no último terço de terreno deixam os gauleses 'vivos' para o segundo desafio na capital portuguesa.

A segunda volta desta corrida acontece na próxima terça-feira no Estádio da Luz, a partir das 20h00. Para este duelo, Bruno Lage já sabe que não contará com Florentino Luís, que terá de cumprir um jogo de castigo por acumulação de amarelos.

Mas vamos às notas da partida:

Figura

Pavlidis recusa-se a admiti-lo, mas a verdade é que o grego parece mesmo ter soltado o ketchup que tem nas chuteiras. No Principado, o avançado anotou o quinto golo nos últimos quatro jogos, com um chapéu sublime sobre Majecki.

Surpresa

Tomás Araújo voltou a exibir-se a bom nível. A defesa-central ou a lateral-direito, Bruno Lage sabe que tem no plantel um jogador muito fiável. Anulou por completo as iniciativas do Monaco no seu lado e ainda fez um passe de régua e esquadro para o golo de Pavlidis.

Desilusão

Já dizia um 'filósofo' famoso que... "Thank you and Goodbye". Recorda-se desta frase que costumava ser proferida por Al Musrati no Sporting de Braga quando o líbio recebia o prémio de melhor em campo? Pois bem, estas palavras assentam que nem uma luva no que se passou no Principado. Pouco depois do golo de Pavlidis, o médio fez por repetir aquela que foi a história do jogo da fase de liga e acabou expulso. Um cartão vermelho que veio depois de uma clara quebra de rendimento na segunda metade.

Treinadores

Adi Hutter

Depois de um bom arranque no encontro, com muitas dificuldades criadas ao Benfica, o AS Monaco foi caindo de rendimento ao longo da partida. A entrada triunfante das águias, com o golo de Pavlidis, e a expulsão quase imediata de Al Musrati foram determinantes para que os franceses cedessem perante os lisboetas.

Bruno Lage

O setubalense tinha pedido um Benfica com mentalidade assassina no Mónaco, mas a verdade é que pouco se viu isso em solo francês. Depois de uma primeira parte abaixo do esperado, as águias marcaram por Pavlidis no arranque do segundo tempo e pecaram pela falta de finalização no que restava da etapa complementar.

Arbitragem

Nada a apontar ao trabalho do italiano Maurizio Mariani. O juiz manteve o critério na maioria do encontro e não teve influência no resultado final. A expulsão de Al Musrati, que resultou de um pedido do médio para mostrar cartão amarelo a Carreras, deu que falar, mas o transalpino cumpriu à risca aquelas que são as instruções dos árbitros nos dias de hoje. 

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