O julgamento sobre as circunstâncias da morte de Diego Armando Maradona segue a todo o vapor e na sexta audiência, realizada na quinta-feira, foram revelados novos dados, através do perito Mauricio Cassinelli, que fez a autópsia e que garantiu que o astro argentino passou por"12 horas de agonia" antes de morrer.
Em tribunal o médico explicou que o coração de Maradona pesava "o dobro de um coração normal" e que tinha um "edema generalizado, dos pés à cabeça", ao mesmo tempo afirmou ainda que o antigo jogador argentino "acumulava quatro litros e meio de água o corpo e que três dos quais estavam na zona da barriga", citado pelo AS.
Mauricio Cassinelli também defendeu que Maradona devia ter sido tratado num hospital, para ter acesso total aos cuidados de saúde, e não em casa, como acontecera.
Refira-se que sete profissionais de saúde estão a ser julgados por alegada negligência na morte de Maradona, em 25 de novembro de 2020, podendo ter penas de prisão de oito a 25 anos.
O julgamento começou em 11 de março e deverá durar até julho, tendo duas audiências agendadas por semana e quase 120 testemunhas esperadas, sendo que os réus negam responsabilidades pela morte do campeão mundial de seleções pela Argentina em 1986.
Antigo avançado de Boca Juniors, FC Barcelona ou Nápoles, entre outros clubes, Diego Maradona morreu aos 60 anos, vítima de uma crise cardiorrespiratória, numa cama médica numa residência privada em Tigre, a norte de Buenos Aires, onde recuperava de uma neurocirurgia a um hematoma na cabeça.
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