A resposta à derrota (1-4) com o Benfica podia ter sido mais forte, mas o FC Porto cumpriu, este sábado, o objetivo de regressar às vitórias no campeonato. A equipa de Martín Anselmi derrotou, por 1-0, o Casa Pia, em Rio Maior, em jogo da 29.ª jornada da I Liga.
Num jogo que colocou duas equipas assentes no 3x4x3, valeu o momento brilhante de Rodrigo Mora ao minuto 5, que garantiu três pontos aos azuis e brancos, que subiram, ainda que à condição, ao terceiro lugar da classificação.
Do outro lado, ainda não foi desta que o Casa Pia, oitavo classificado, conseguiu a primeira vitória sobre os dragões.
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Para este jogo, Deniz Gul foi a surpresa no onze portista, relegando Samu- o melhor marcador da equipa com 22 golos- para o banco de suplentes. O defesa-central Zé Pedro também foi novidade, rendendo o castigado Nehuén Perez.
Ao minuto 3, Gaizka Larrazabal saiu da direita para o meio e isolou Miguel Sousa na profundidade. No frente a frente com Diogo Costa, o médio não teve convicção para bater o guardião portista, embora o lance fosse, posteriormente, invalidado por fora de jogo.
A resposta dos portistas foi cabal. Aos 5, Francisco Moura serviu Rodrigo Mora dentro da área e o génio do camisola 86 veio ao de cima. Aplicou uma 'roleta' a José Fonte, campeão europeu por Portugal, em 2016, e rematou, com o pé direito, para o fundo das redes. Momento maravilhoso da jovem pérola, de 17 anos, dos dragões.
Em vantagem, o coletivo portista tirou a bola ao adversário e dominou, sobretudo, as operações no meio-campo. Apesar da superioridade e do controlo do jogo até ao apito para o intervalo, a equipa de Martín Anselmi continua a evidenciar problemas na criação de jogadas ofensivas, algo que tem de ser revisto dada a qualidade dos intervenientes.
Na segunda parte, o Casa Pia voltou a entrar mais perigoso, mas foi de sol de pouca dura. Os azuis e brancos exerceram a sua autoridade. Aos 55', Alan Varela atirou à figura de Patrick Sequeira, na sequência de um livre frontal. A partida caiu num ritmo monótono, sem ocasiões de golo. Os locais apostavam na verticalidade das suas ações, mas Diogo Costa era um elemento atento a controlar a profundidade.
As várias substituições nas equipas não trouxeram nada de diferente ao jogo. A saída de Pepê e o desaparecimento de Rodrigo Mora dificultaram ainda mais o processo ofensivo do FC Porto, que permitiu o crescimento do Casa Pia, embora também limitada nas suas ideias para ferir a baliza adversária.
Os adeptos que se deslocaram a Rio Maior longe estariam de imaginar que aquele momento de Rodrigo Mora fosse o único de relevo num pobre espetáculo de futebol.
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