Centros de emprego recebem em média mais de 3.500 inscrições por dia

As inscrições de desempregados nos centros de emprego subiram, em média, mais de 50% por dia, entre 01 e 13 de abril face a março, para 3.518, segundo dados oficiais publicados hoje.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
16/04/2020 19:54 ‧ 16/04/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

 

Os centros de emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)registaram uma média diária de 3.518 inscrições de desempregados nos primeiros 13 dias de abril, contra 2.338 em todo o mês de março, de acordo com dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Já as ofertas de emprego recebidas pelo IEFP caíram de uma média de 334 por dia, em março, para 102 nas primeiras semanas de abril, correspondendo a uma descida de quase 70%.

O número de desempregados inscritos totalizou 353.119 nos primeiros 13 dias de abril, um aumento de 10% face a março, dados já avançados na quarta-feira no parlamento pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

O aumento de 10% do número de desempregados inscritos registado nas primeiras semanas de abril é o maior desde pelo menos 2003, último ano em que há dados disponíveis no IEFP, tal como a Lusa avançou na quarta-feira.

Apesar de se verificar atualmente o maior aumento percentual de sempre em cadeia, o número total de desempregados inscritos está longe do registado pelo IEFP nos tempos da anterior crise, tendo atingido o pico no início de 2013, com 740 mil pessoas.

Segundo a ministra do Trabalho, o aumento das pessoas inscritas no IEFP em abril "mostra que o mecanismo de 'lay-off' simplificado está a conseguir absorver uma grande parte da manutenção dos postos de trabalho" e a servir de "amortecedor".

De acordo com os dados do GEP, na terça-feira havia um total de 69.114 empresas com pedidos para aderir ao 'lay-off' simplificado, correspondente a um universo de 939 mil trabalhadores. Porém, o GEP não diz quantos destes trabalhadores estão efetivamente abrangidos.

O GEP publicou hoje na sua página eletrónica vários indicadores de acompanhamento das medidas aprovadas pelo Governo para responder à crise relacionada com a pandemia do novo coronavírus.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a taxa de desemprego em Portugal atinja 13,9% em 2020 devido à crise provocada pela pandemia covid-19.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas