"Apesar das circunstâncias excecionais que se vivem e do cenário de incerteza no contexto da pandemia covid-19, têm-se verificado sinais de recuperação gradual da atividade da VAA", pode ler-se no comunicado, onde o grupo realça que o volume de negócios em junho aumentou 6% face ao período homólogo.
De acordo com o comunicado enviado à CMVM, "todas as unidades produtivas da Vista Alegre Atlantis, incluindo a Bordalo Pinheiro, retomam a sua atividade em pleno a partir de 01 de agosto de 2020, deixando o Grupo VAA de recorrer a quaisquer medidas de 'lay-off'".
A VAA refere que a decisão ocorre embora "os segmentos da Porcelana, do Cristal e Vidro e da Faiança sejam os mais afetados pela quebra do volume de negócios no 2.º trimestre" e "as medidas de combate à pandemia continuem a condicionar o funcionamento da rede de retalho".
"Com a antecipação do período de férias que levou ao encerramento temporário da atividade entre 23 de março e 09 de abril de 2020, com a paragem da atividade de produção em Portugal e da atividade comercial nos diversos mercados em que está presente, o mês de agosto será um mês normal e completo de atividade para o Grupo VAA", pode ler-se no comunicado.
O 'lay-off' simplificado, medida para combater a crise causada pela pandemia de covid-19, termina hoje, depois de ter sido prorrogado pelo Governo por um mês.
Apenas as empresas encerradas por determinação legal ou as que ainda não cumpriram o limite máximo de três prorrogações mensais podem manter-se em 'lay-off' simplificado.
O Código do Trabalho prevê o regime de 'lay-off' tradicional, mas o processo é mais exigente em termos processuais e de condições de acesso.
Por sua vez, entra em vigor no sábado um novo apoio da Segurança Social às empresas em crise (apoio à retoma progressiva), que sucede ao 'lay-off' simplificado e que permite reduzir horários de trabalho e remunerações, mas não a suspensão dos contratos.
O grupo Vista Alegre apresentou um volume de negócios de 42,6 milhões de euros no final do primeiro semestre, em baixa face aos 57,4 milhões do mesmo período de 2019, anunciou o grupo no dia 10 de julho.
"O Grupo Vista Alegre atingiu assim um volume de negócios total de 42,6 milhões de euros no final do 1.º semestre e apesar da quebra verificada face ao período homólogo são já evidentes os sinais positivos de retoma da atividade", referiu então a Vista Alegre em comunicado.
Segundo a empresa, "o cenário ainda é de incerteza, face à evolução da crise pandémica", mas a Vista Alegre prevê "um segundo semestre de gradual recuperação das vendas" se se mantiver "uma evolução positiva do cenário macroeconómico e tendo em conta os dois contratos conquistados de 16,2 milhões de euros recentemente informados ao mercado".
Em junho, o volume de negócios da Vista Alegre foi de 9,2 milhões de euros, o que representou um crescimento de 6% face ao mesmo mês de 2019, segundo a informação divulgada.