O primeiro-ministro, António Costa, comparou, esta quarta-feira, o programa Ferrovia 2020 a um comboio, que demora a arrancar e a atingir a velocidade de cruzeiro. Ainda assim, considera que o programa está já nesta última fase.
"O Ferrovia 2020 surgiu numa altura em que o país se tinha desabituado a fazer grandes investimentos na ferrovia. É como quando o comboio arranca numa estação, leva tempo a arrancar e a atingir velocidade de cruzeiro. Hoje já estamos em velocidade de cruzeiro", disse o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas.
Sobre a empreitada do troço Freixo-Alandroal, Costa diz que se trata de uma "obra estratégica" e "muito importante", justificando com o Porto de Sines.
"Já estamos também a elaborar os projetos previstos no plano nacional de infraestruturas 2020", disse o primeiro-ministro, para "não estarmos à espera" quando terminar o Ferrovia 2020.
Questionado sobre o atraso deste programa, Costa justificou que o país esteve "anos concentrado na construção da rodovia, durante anos não se investiu em ferrovia". "O comboio levou tempo a arrancar, mas já está em velocidade de cruzeiro", reiterou.
Os corredores previstos no plano Ferrovia 2020 estão todos em obras este ano, de acordo com as estimativas da proposta de Lei das Grandes Opções para 2021-2025, aprovada em abril.
Estas intervenções pretendem, no que diz respeito ao transporte de mercadorias, "aumentar a capacidade das linhas, através da construção de estações técnicas, de modo a garantir condições que permitam a circulação diária de maior número de comboios" bem como "criar condições para a circulação de comboios de mercadorias de comprimento até 750 m e reduzir o tempo de trajeto dos comboios de mercadorias", referem as Grandes Opções (GO).
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