Os resultados finais da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,37%, ao passo que o tecnológico Nasdaq perdeu 1,35% e o alargado S&P500 recuou 0,47%.
Segundo a informação divulgada pela associação profissional Conference Board, a confiança dos consumidores nos EUA, em fevereiro, caiu sete pontos, bem mais do que o esperado.
Desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca, que as inquietações dos consumidores norte-americanos têm aumentado, em particular no relativo a um aumento da inflação.
Este nervosismo está "ligado às inquietações com a economia e às perspetivas das taxas alfandegárias", destacou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, em declarações à AFP.
Trump confirmou hoje que os EUA iam agravar as taxas alfandegárias sobre importações provenientes do Canadá e México "na data prevista", i.é, em 01 de março depois de um adiamento de um mês, apesar das garantias adiantadas por estes Estados vizinhos.
Trump tinha anunciado a aplicação de taxas de 25% sobre todos os produtos mexicanos e canadianos, antes de recuar no início de fevereiro, horas antes d entrada em vigor, dando um adiamento de 30 dias àqueles Estados.
Tais anúncios "corroem fundamentalmente a confiança dos investidores", sublinhou Cardillo.
Em consequência, "os investidores recorreram à estratégia de redução dos riscos (...), procurando uma proteção contra a volatilidade das ações", virando-se para o mercado obrigacionista, apontou, em nota analítica, Jose Torres, da Interactive Brokers.
Nas ações, destacou-se a queda da Tesla, em mais de oito por cento, o que alguns atribuíram à queda das vendas para metade na Europa, o que foi ligado a uma mudança de gama e ao comportamento do seu presidente, Elon Musk, no governo de Trump, que estaria a desagradar aos consumidores.
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