"É um facto que a informação nem sempre é perfeita, nem sempre é a melhor. Nós sentimos muitas vezes falta de informação, é verdade", disse hoje João Freitas sobre os pedidos efetuados ao Novo Banco.
João Freitas está hoje a ser ouvido na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
Respondendo ao deputado Duarte Alves (PCP), disse que o Fundo de Resolução tem "tentado suprir essas insuficiências fazendo mais pedidos, fazendo mais perguntas".
"Fazemo-lo com muita acutilância, muita insistência, junto do Novo Banco, e se repararem uma das críticas que por vezes o Novo Banco nos faz é que o Fundo de Resolução demora algum tempo a mais a decidir", prosseguiu.
João Freitas salientou ainda que não ter "conhecimento de nenhuma operação que tenha sido perdida ou não tenha sido realizada por falta de pronúncia do Fundo de Resolução".
"Isto quer dizer que o Fundo só toma a sua decisão quando entende que está em condições de o fazer", defendeu.
Por outro lado, quanto ao seguimento que é dado às operações analisadas pelo Fundo de Resolução, João Freitas admitiu que num primeiro momento "a informação não era tão fluída como é atualmente".
"Nós hoje temos um processo de acompanhamento em que, só para ter uma ideia, temos um ficheiro em que registamos cada uma das operações que são trazidas à apreciação do Fundo de Resolução, e registamos todo o fluxo de evolução dessa operação até que ele é concluído", disse.
João Freitas disse ainda que há reuniões semanais com o Novo Banco e no seio do Fundo de Resolução para discutir o acompanhamento das operações sujeitas a análise e a sua respetiva implementação.
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