A não oposição da AdC à operação de concentração foi decidida na terça-feira pelo Conselho de Administração do regulador, que considerou a transação como não suscetível a "criar entraves significativos" à concorrência nos mercados, segundo a nota publicada no 'site' da AdC.
Foi há menos de um mês, em 09 de junho, que a irlandesa Trinity Investments Charitable Trust, investidora em empresas financeiras e imobiliárias em crescimento ou reestruturação, notificou a AdC da compra da companhia aérea alemã.
A decisão da AdC acontece depois de, em dezembro, ter dado 'luz verde' à compra da companhia aérea de turismo alemã pela SG Luftfahrtor, empresa criada para, nos termos da lei alemã, ser acionista da reestruturação da antiga subsidiária do Grupo Thomas Cook, que declarou falência após encerrados os contratos com o seu único cliente, a alemã Condor Airlines.
Sediada em Frankfurt, a Condor tem bases operacionais nos aeroportos de Düsseldorf, Frankfurt, Hamburgo, Hannover, Leipzig/Halle, Munique e Stuttgart, operando voos de curta, média e longa distância para 80 destinos na Europa, Ásia, África e Américas.
Em Portugal, a atividade da Condor foca-se na operação de voos, de um conjunto de destinos na Alemanha, para o Funchal, na Região Autónoma da Madeira.
A Comissão Europeia, em abril do ano passado, autorizou um apoio de 294 milhões de euros do Estado alemão à Condor, no âmbito da crise provocada pela pandemia da doença covid-19, que se somou ao apoio de 256 milhões de euros acordado em 2019 para reestruturar a companhia devido à falência da empresa-mãe, a Thomas Cook, garantindo o Estado alemão um empréstimo de cerca de 550 milhões de euros.
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