Num comunicado, o INE afirma que "esta aceleração reflete essencialmente a dissipação de efeitos de base".
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 0,8% em julho, contra -0,3% em junho.
O agregado relativo aos produtos energéticos subiu 8,7% em julho face ao mesmo mês de 2020, contra 9,0% no mês anterior, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados avançou no mesmo período 0,5%, contra 0,1% em junho.
Por classes de despesas em termos homólogos, o INE destaca as subidas das classes dos Restaurantes e hotéis, dos Transportes e das Bebidas alcoólicas e tabaco para -1,1%, 5,3% e 1,5%, respetivamente, contra -6,2%, 3,8% e 0,1% em junho.
Em sentido oposto, o INE assinala a diminuição das variações homólogas da classe do Vestuário e calçado, da Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis e da Saúde para -0,6%, 1,5% e 2,1%, respetivamente, contra 2,4%, 1,8% e 2,4% em junho.
Nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga do IPC, o INE destaca a classe dos Transportes e nas com contribuições negativas salienta a dos Restaurantes e hotéis.
A variação mensal do IPC foi -0,3% em julho, contra 0,2% em junho e -1,3% em julho de 2020.
Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a variação do IPC foi -0,6% em julho, contra -0,1% no mês anterior e -1,7% em julho de 2020, refere o INE.
A classe com maior contributo positivo para a variação mensal do IPC foi a dos Transportes, com uma subida mensal de 1,1% (0,6% no mês anterior e -0,2% em julho de 2020) e em sentido inverso, a classe com maior contributo negativo para a taxa de variação mensal do índice total foi a do Vestuário e calçado, com uma queda mensal de -12,6% (contra -0,8% em junho e -9,9% em julho de 2020).
A variação média dos últimos doze meses foi 0,4%, contra 0,3% em junho.
O INE adianta que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português subiu 1,1% em julho face ao mesmo mês de 2020, mais 1,7 pontos percentuais que em junho e menos 1,1 pontos percentuais que o valor estimado pelo Eurostat para a zona euro (em junho de 2021, esta diferença foi 2,5 pontos percentuais).
A oscilação do diferencial do IHPC português em termos homólogos face à zona euro está em parte associada à falta de sincronia dos impactos da pandemia nos vários países, que geram efeitos de base de diferentes magnitudes, refere o INE.
O IHPC registou uma variação mensal de -0,4% em julho, contra 0,2% no mês anterior e -2,0% em julho de 2020 e uma variação média dos últimos doze meses de -0,1%, contra -0,2% em junho.
Em relação às rendas de habitação, o INE afirma que a variação homóloga por metro quadrado foi 1,9% em julho, contra 2,0% no mês anterior, e que todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas, tendo Lisboa registado o aumento mais intenso (2,1%).
O valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma variação mensal de 0,2%, contra 0,1% em junho, e a região com a variação mensal positiva mais elevada foi o Algarve, com uma taxa de 0,3%.
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