Em nota divulgada através da sua conta oficial na rede social Weibo - o equivalente chinês ao Twitter -, a Tencent garantiu que, como uma "empresa chinesa de tecnologia abençoada pelas reformas económicas" do país, sempre considerou como podia servir melhor o desenvolvimento social.
A empresa já tinha prometido doar o mesmo valor, em abril, para promover a "inovação sustentável de valor social".
O documento do grupo observou que a decisão foi tomada depois de o Presidente chinês, Xi Jinping, apontar a "prosperidade comum" como um "objetivo fundamental", durante uma reunião do Comité Central para as Finanças e Economia do Partido Comunista da China (PCC).
O Comité publicou um documento no qual fala da "necessidade" de "regular os vencimentos muito altos" e de "incentivar as pessoas e as empresas" a "devolverem mais à sociedade".
Segundo um estudo publicado pela imprensa estatal, os dois setores com os maiores salários médios na China foram, em 2020, a informática e programação e, em segundo lugar, as finanças; setores que compõem praticamente todas as receitas da Tencent.
Este ano, as ações do grupo perderam mais de 40% do valor desde o pico - no final de janeiro - devido à campanha regulatória lançada pelo Governo chinês, que afetou negócios chave do grupo.
Isto não impediu que, no primeiro semestre de 2021, a Tencent faturasse mais 23% do que no mesmo período do ano passado e que o seu lucro líquido subisse 46%, para 90.354 milhões de yuans (11.896 milhões de euros).
O presidente da Tencent, Martin Lau, disse que a empresa vai "aceitar totalmente o novo ambiente" e cumprir com as regulações, referindo prever que haverá "mais regulações" no futuro para o setor digital.
"É algo de se esperar porque as regulações têm sido bastante frouxas num setor como a Internet, considerando o seu tamanho e importância", notou.
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