A ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, reiterou, esta quarta-feira, que o Executivo está disponível para reativar as medidas de apoio extraordinárias em função da evolução da pandemia, tal como o ministro das Finanças tinha já admitido.
"A proposta do OE2022 prevê, expressamente, que o Governo ativará ou reativará todas as medidas extraordinárias necessárias em função da evolução da pandemia. É isso que temos assumido desde sempre. Neste momento, como sabe, porque se mantêm em vigor restrições mantêm-se em vigor as medidas de apoio extraordinárias, nomeadamente em relação ao apoio à retoma. É esse o nosso compromisso", disse a ministra do Trabalho, quando questionada sobre a possibilidade de algumas das medidas se prolongarem no próximo ano.
A governante explicou, à margem da apresentação do orçamento da Segurança Social, em Lisboa, que "todas as medidas extraordinárias que sejam necessárias reativar em função da evolução da pandemia será necessário haver transferências do próprio OE2022 para o orçamento da Segurança Social em 2022".
Também o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, assegurou, na terça-feira, que o Governo não hesitará em retomar "todas as medidas" de apoio implementadas durante a pandemia caso esta volte a afetar a atividade económica em 2022.
Frisando que o Governo não prevê que a pandemia impacte a economia no próximo ano, João Leão reiterou que o executivo "estaria sempre disponível" a "lançar mão dos apoios que tanto sucesso demonstraram ter este ano", particularmente no mercado de trabalho.
O saldo da Segurança Social deverá aumentar em 1.586,3 milhões de euros no próximo ano, atingindo o valor de 2.305,2 milhões de euros, segundo o relatório que acompanha a proposta de OE2022.
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