Economia do Japão cresce alavancada pelo consumo e exportações
A economia do Japão cresceu a um ritmo anual de 5,4% entre outubro e dezembro, impulsionada por uma subida no consumo e nas exportações, disse hoje o Governo nipónico.
© Reuters
Economia 2021
O Produto Interno Bruto (PIB) real do Japão, que mede o valor dos produtos e serviços de um país, cresceu 1,3% em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgado pelo conselho de ministros japonês.
O crescimento acelerou após a suspensão das medidas implementadas em 2021 para conter a subida das infeções por coronavírus. As restrições incluíam horários reduzidos para restaurantes e bares e o cancelamento de eventos de grande escala ou a sua realização com limitações no número de participantes ou espetadores.
O futuro da economia japonesa permanece incerto, já que as restrições voltaram a ser impostas recentemente na maior parte do país, incluindo na capital, Tóquio, após a variante Ómicron, considerada mais contagiosa, ter levado a um aumento das infeções e mortes.
No último trimestre do ano passado, antes do recente surto de covid-19, os japoneses tinham começaram a viajar novamente, sair para jantar e fazer compras.
Entre outubro e dezembro, a procura doméstica cresceu 1,1%, impulsionada pelo consumo. As exportações também cresceram.
O Japão está atrás de outros países desenvolvidos na administração de doses de reforço das vacinas contra a covid-19, que chegaram a cerca de 10% da população.
Em 2021, a terceira maior economia do mundo cresceu 1,7%, a primeira subida em três anos. Este valor reflete a recuperação de uma economia estagnada, que em 2020 foi afetada pela pandemia. A economia do Japão encolheu em 2020 e 2019.
Em 2021, a economia tinha crescido a uma taxa anual de 2,4% entre abril e junho, antes de contrair 2,7% no terceiro trimestre, entre julho e setembro.
Takayuki Toji, economista da SuMi TRUST, disse que os dados mais recentes mostram uma forte recuperação devido ao aumento do consumo, bem como uma subida nas exportações e no investimento devido à retoma da produção.
O analista deu como exemplo a retoma na indústria automóvel, cuja produção tinha sido paralisada por uma crise no fornecimento de semicondutores.
Embora o fornecimento tenha recomeçado, permanecem restrições na oferta de semicondutores, algo que está a pressionar o investimento e as exportações japonesas, disse Toji.
"Prevemos que a economia desacelere mais uma vez neste trimestre devido a um aumento das infeções por covid-19", acrescentou.
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