McDonald's encerra temporariamente 850 restaurantes na Rússia

A cadeia de 'fast food' americana McDonald's anunciou hoje que vai encerrar temporariamente os seus 850 restaurantes na Rússia, devido à invasão da Ucrânia, adiantou o presidente da empresa, Chris Kempckinski, numa carta, citada pela AP.

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© Reuters

Lusa
08/03/2022 18:54 ‧ 08/03/2022 por Lusa

Economia

Rússia/Ucrânia

O grupo diz que irá continuar a pagar aos seus 62 mil empregados na Rússia "que se dedicaram de corpo e alma à marca McDonald's", referiu, mas sublinhou que fechar as unidades neste momento era a atitude certa a tomar.

"Tendo em conta os nossos valores, não podemos continuar a ignorar o sofrimento desnecessário que se está a verificar na Ucrânia", referiu Kempckinski, acrescentando que é impossível saber quando será possível voltar a abrir os restaurantes.

A McDonald's também encerrou temporariamente cerca de 100 restaurantes em território ucraniano e continua a pagar aos empregados.

De acordo com a AP, segundo dados financeiros recentes, as unidades na Rússia e Ucrânia pesavam cerca de 9% nas receitas da empresa, sendo que ao contrário de outras cadeias, como o KFC, Pizza Hut e Burguer King, que trabalham em regime de franchising, a McDonald's detém 84% dos seus restaurantes russos.

Além disso, a empresa trabalha com centenas de fornecedores locais na Rússia e serve milhões de clientes diariamente, segundo a AP. 

O anúncio surge depois de pressão para a empresa, em conjunto com outras marcas, como a Coca-Cola e a PepsiCo, que se mantêm na Rússia, cessar operações no país. Muitas empresas já abandonaram a nação, devido à invasão.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Huawei rejeita ter ajudado Rússia a defender-se de ciberataques

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