O grupo diz que irá continuar a pagar aos seus 62 mil empregados na Rússia "que se dedicaram de corpo e alma à marca McDonald's", referiu, mas sublinhou que fechar as unidades neste momento era a atitude certa a tomar.
"Tendo em conta os nossos valores, não podemos continuar a ignorar o sofrimento desnecessário que se está a verificar na Ucrânia", referiu Kempckinski, acrescentando que é impossível saber quando será possível voltar a abrir os restaurantes.
A McDonald's também encerrou temporariamente cerca de 100 restaurantes em território ucraniano e continua a pagar aos empregados.
De acordo com a AP, segundo dados financeiros recentes, as unidades na Rússia e Ucrânia pesavam cerca de 9% nas receitas da empresa, sendo que ao contrário de outras cadeias, como o KFC, Pizza Hut e Burguer King, que trabalham em regime de franchising, a McDonald's detém 84% dos seus restaurantes russos.
Além disso, a empresa trabalha com centenas de fornecedores locais na Rússia e serve milhões de clientes diariamente, segundo a AP.
O anúncio surge depois de pressão para a empresa, em conjunto com outras marcas, como a Coca-Cola e a PepsiCo, que se mantêm na Rússia, cessar operações no país. Muitas empresas já abandonaram a nação, devido à invasão.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Leia Também: Huawei rejeita ter ajudado Rússia a defender-se de ciberataques