Ucrânia: Atual crise energética é comparável à crise petrolífera de 1973

A atual crise energética, marcada pela subida dos preços, é "comparável em intensidade e brutalidade à crise petrolífera de 1973", disse hoje o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire.

Notícia

© Aurelien Meunier/Getty Images

Lusa
09/03/2022 09:56 ‧ 09/03/2022 por Lusa

Economia

França

 

A invasão russa da Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro, e as sanções maciças contra Moscovo que se seguiram levaram a uma explosão do preço do petróleo e do gás em todo o mundo, estando o primeiro atualmente muito acima dos 120 dólares, não muito longe dos seus recordes históricos, enquanto o segundo já atingiu níveis sem precedentes.

Le Maire, que falava no início de uma conferência sobre a independência energética, considerou no entanto que um segundo plano maciço de ajuda pública no país, depois do que foi implementado durante a crise da covid-19, "apenas iria alimentar a subida dos preços".

"Seria como atirar gasolina para a fogueira", disse o ministro.

"Em 1973, esta resposta causou o choque inflacionista que conhecem, levou os bancos centrais a aumentar maciçamente as taxas, o que matou o crescimento", afirmou.

"Isto tem um nome, estagflação, e é precisamente o que não queremos reviver em 2022", insistiu o ministro no início da conferência, que reúne políticos, líderes empresariais, especialistas em energia e economistas em Paris.

A Europa é extremamente dependente da energia russa e está a tentar encontrar uma solução para os próximos meses.

"A resposta certa que conhecemos é a independência total", disse Bruno Le Maire, delineando opções francesas e europeias, incluindo mais reservas de gás para o próximo inverno, diversificação dos abastecimentos e proteção para as famílias e empresas de baixos rendimentos afetadas.

Face ao conflito na Ucrânia, Washington decidiu na terça-feira proibir as importações de hidrocarbonetos russos e o Reino Unido anunciou que deixaria de importar energia russa até ao final de 2022.

Até agora, a União Europeia tem-se recusado a impor um embargo às importações russas, que fornecem 40% das suas necessidades de gás natural e 30% do seu petróleo.

Leia Também: Bruxelas aprova financiamento para 225 projetos, 12 em Portugal

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas