O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta sexta-feira, em conjunto com o homólogo Pedro Sánchez, que as medidas especiais que Portugal e Espanha terão direito no que diz respeito à energia serão formalizadas na próxima semana junto da Comissão Europeia.
Costa indicou que o objetivo destas medidas é "claro" e passa por garantir que "o crescimento do preço do gás não se vá repercutir no aumento do preço da eletricidade".
A fixação de um preço máximo para o gás permitirá, segundo o primeiro-ministro, "uma redução muito significativa do preço da energia e uma grande poupança para as famílias".
O primeiro-ministro português salientou que os efeitos da guerra são globais, afetando-nos a todos, em particular no que diz respeito à energia.
"Esta guerra produz efeitos globais, os estilhaços de cada bomba russa atingem-nos a todos e designadamente nas nossas economias, nas nossas empresas e no custo das famílias europeias", sublinhou.
“Neste conselho reafirmamos as medidas estratégicas a longo prazo” começou por explicar Costa indicando que o objetivo será ganhar autonomia energética na Europa.
Outro dos objetivos é "assegurarmos as interconexões entre todo o mercado dos Estados da União Europeia, de forma a garantir a existência de um mercado único da energia", acrescenta ainda. "Esta crise teve, até agora, a capacidade de desbloquear um tema que há anos e anos se arrastava: a interconexão entre Portugal, Espanha e França com o resto do mercado europeu”, apontou.
Portugal e Espanha terão uma exceção no sistema energético europeu para a Península Ibérica, visando poder baixar preços e fixar preços máximos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, revelou esta sexta-feira, após reunião do Conselho Europeu, que foi aceite "tratamento especial" para Portugal e Espanha no sentido de poderem baixar os preços da energia.
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