Um relatório estatístico do Banco de Cabo Verde (BCV), consultado hoje pela Lusa, refere que o arquipélago captou em todo o ano de 2021 mais de 9.485 milhões de escudos (85,2 milhões de euros) em investimento estrangeiro - mais de metade no setor do turismo -, valor que compara com os 6.859 milhões de escudos (61,6 milhões de euros) em 2020, então já com os efeitos da crise provocada pela pandemia de covid-19.
O IDE em Cabo Verde, que inclui também participações, lucros reinvestidos e outro capital, voltou a ser liderado em 2021 por Portugal, com mais de 2.681 milhões de escudos (24 milhões de euros), também essencialmente no setor do turismo, duplicando face aos valores investidos no ano anterior.
Em 2020, o IDE português em Cabo Verde foi de 1.322 milhões de escudos (11,9 milhões de euros), segundo histórico dos dados do BCV.
Globalmente, o IDE em Cabo Verde caiu 33,7% em 2020, impacto justificado então com os constrangimentos provocados pela pandemia de covid-19.
Já o IDE de Espanha em Cabo Verde caiu de 1.226 milhões de escudos (11,1 milhões de euros) em 2020 para 244,6 milhões de escudos (2,2 milhões de euros) em 2021.
No histórico do IDE em Cabo Verde, Portugal e Espanha lideram há vários anos.
De acordo com dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a comunidade portuguesa em Cabo Verde desenvolve atividades nas áreas do comércio, incluindo a distribuição alimentar e de bebidas, na hotelaria e restauração, na construção civil e metálica, entre outros.
Os investimentos de Espanha no arquipélago prendem-se sobretudo com o setor das pescas e da hotelaria.
Em 2019, antes da pandemia de covid-19, o IDE global em Cabo Verde foi de mais de 10.355 milhões de escudos (93 milhões de euros).
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