"A invasão da Ucrânia [por parte da Rússia] mostrou a fragilidade da Europa em relação ao setor energético, a dependência do gás russo é um garrote à nossa atividade económica que é aproveitada, inclusivamente, para chantagens inaceitáveis de um regime ditatorial às democracias europeias, é uma ameaça à segurança da Europa", disse Duarte Cordeiro.
O governante falava hoje no Centro de Negócios da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), Setúbal, onde foi lançado o projeto Madoqua Power2x, de produção de hidrogénio e amónia verdes, do consórcio internacional liderado pela empresa portuguesa Madoqua Renewables, no valor de 1.000 milhões de euros.
Para o ministro do Ambiente e da Ação Climática, é "essencial", no futuro, depender menos do gás oriundo da Rússia, como forma de "fortalecer" a democracia e para "proteger a liberdade".
Duarte Cordeiro destacou ainda no seu discurso as qualidades de Portugal para produzir hidrogénio verde e a qualidade do projeto Madoqua Power2x, que vai ser desenvolvido em Sines.
"Se há uns meses a produção de hidrogénio e amónia verdes eram relevantes, hoje são cruciais, se há uns meses eram produtos importantes para a independência energética nacional, hoje são determinantes para a soberania nacional e europeia", disse.
"Se há uns meses eram mais uma importante atividade económica em território nacional, hoje são uma atividade estratégica. Se há alguns meses eram determinantes para a descarbonização, hoje mantêm uma importância central na nossa estratégia de sustentabilidade ambiental, dos processos industriais", acrescentou.
Para Duarte Cordeiro, Sines vai transformar-se, no espaço de "uma década", numa zona de importante produção de energia de gases renováveis.
Leia Também: Juventus começa a pensar no pós-Dybala e complica as contas... ao Benfica