A taxa de desemprego baixou 0,3 pontos percentuais em relação ao último trimestre de 2021 e foi alcançado em parte porque, desde o início da pandemia, o nível de inatividade económica aumentou, com cerca de meio milhão de pessoas a abandonarem o mercado de trabalho no seu conjunto, disse o ONS.
O número de vagas de emprego entre fevereiro e abril deste ano aumentou para um recorde de 1.295.000, embora o ritmo de crescimento esteja a abrandar, observa o ONS.
Entretanto, a taxa de inatividade aumentou 0,1 pontos percentuais para 21,4% entre janeiro e março, impulsionada por pessoas com idades compreendidas entre os 50 e os 64 anos, disse o gabinete.
O ONS também destacou a escalada da crise do custo de vida ao revelar que os salários de base (excluindo bónus) caíram 2,9% em março em termos reais quando se tem em conta o aumento da inflação -- a maior queda desde 2011.
O número de trabalhadores assalariados no Reino Unido aumentou para 29,5 milhões em abril, mais 121.000 do que no mês anterior.
A taxa de emprego aumentou 0,1 pontos percentuais no primeiro trimestre para 75,7%, mas permanece abaixo dos níveis pré-pandemia, diz o ONS.
Este avanço na taxa de emprego foi impulsionado pela reentrada no mercado de trabalho de pessoas desempregadas com idades compreendidas entre os 16 e os 64 anos e também de outras pessoas que passaram da inatividade económica para o emprego.
De acordo com dados do ONS, um recorde de 994.000 cidadãos mudou de emprego entre janeiro e março de 2022, devido a demissões e não a despedimentos.
O ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, disse num comunicado que compreendeu que "estes são tempos de ansiedade para as pessoas, mas é reconfortante que haja menos pessoas desempregadas do que as temidas".
Entretanto, a porta-voz do partido democrata liberal, Christine Jardine, afirmou que "os números confirmam que as famílias enfrentam um pesadelo de custo de vida, com salários que não acompanham as contas de energia e os preços dos alimentos".
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